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NOVIDADES
A mais prestigiada academia de ciência da Grã-Bretanha e uma das mais prestigiadas do mundo pediu no dia 29 de julho pp. um freio num campo de pesquisa considerado promissor como poucos na História: a Nanotecnologia. Numa análise encomendada pelo governo britânico, a Royal Society recomendou que o desenvolvimento dessa nova área da ciência seja "guiado por avaliações de segurança e regulamentações adequadas para minimizar qualquer possível risco às pessoas e ao meio ambiente". O relatório, que também é assinado pela Sociedade Real de Engenharia, lista uma série de benefícios potenciais da Nanociência e da Nanotecnologia - que envolvem o estudo e uso de materiais em escala molecular, com tamanhos que se medem em milionésimos de milímetro-, mas alerta para incertezas e riscos. A Nanotecnologia, hoje considerada semente de uma nova revolução científica, pode resultar em computadores extremamente mais rápidos e poderosos e em técnicas incrivelmente precisas de tratamento de doenças, com o uso de robôs ínfimos para administrar medicamentos em células específicas, por exemplo. O documento alerta que a maioria das nanotecnologias não representa perigo. No entanto, ressalta incertezas sobre seus efeitos e sobre a saúde e o meio ambiente. Nanopartículas atuais já são hoje associadas a doenças e danos ambientais - como as que compõem as emissões de veículos movidos a combustíveis fósseis. Os cientistas recomendaram ao governo que estude mais atentamente os efeitos das nanopartículas já existentes, para poder inferir o possível efeito de nanopartículas fabricadas. "Esse relatório confirma o grande potencial das Nanotecnologias. A maioria das áreas não representa novos riscos à saúde ou à segurança", disse, num comunicado, a chefe da força-tarefa que produziu o documento, Ann Dowling. "No entanto, no que diz respeito a partículas, o tamanho importa, sim. Nanopartículas podem se comportar de maneira bem diferente de partículas maiores do mesmo material, e isso pode ser explorado de várias maneiras empolgantes. Mas é vital que determinemos ambos os efeitos negativos e positivos que elas podem ter". O Globo, 30 de julho de 2004. Veja também: Corpo humano e nanopartículas: influência e efeitos. |
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