|
NOVIDADES
Mesmo nos hospitais altamente bem aparelhados, que contam com os melhores recursos - quer do ponto de vista financeiro, quer de equipes médicas de ponta e pessoal especializado -, o fantasma da infecção hospitalar parece estar sempre rondando. Agentes multirresistentes, de difícil, quase impossível erradicação no meio hospitalar, estão sempre prontos para atacar; assim, os riscos de infecção tendo os mesmos como protagonistas estão sempre presentes. Os riscos são ainda maiores no caso da utilização de cateteres, pois, nestes, se desenvolvem verdadeiras colônias de germens que, passo seguinte, se propagam pelos vasos sanguíneos. As tentativas de substituição dos materiais clássicos por materiais contendo partículas de prata têm se mostrado bastante eficazes. Experiências realizadas pelo Professor Guggenbicher, da Universidade de Erlangen-Nuremberg (Alemanha), na clínica de doenças infantis, têm mostrado que a presença de um fluxo contínuo de íons de prata permite evitar esse tipo de infecção. Nos grandes hospitais, não obstante o respeito estrito a todas as regras sanitárias, constata-se ser extremamente difícil evitar a proliferação de fungos e bactérias, que se alojam nas cavidades e na superfície dos cateteres, e se protegem por um filme biológico. Em caso de infecções graves, a única maneira é providenciar a retirada dos cateteres, na tentativa de resolver o problema. Acontece que, em circunstâncias semelhantes, a impregnação dos cateteres com antibióticos ou desinfetantes, assim como o recurso a cristais de prata têm se mostrado inócuos. Por outro lado, recorrer ao uso da difusão de partículas de prata em escala molecular, nos polímeros, vem se mostrando como um remédio bom e durável, que, além disso, preserva a elasticidade e a resistência biológica do material. O efeito da reação depende da quantidade de íons de prata liberados: estes, de fato, agem diretamente sobre os microorganismos, tanto em nível da sobrevida, quanto da reprodução destes. Se a prata já tem fornecido bons resultados, associar a prata com a platina os torna ainda melhores, mas, como nem tudo é perfeito, tal associação acaba por diminuir a flexibilidade dos materiais. O que realmente conta, é que está estimado entre 50.000 a 75.000 o número de infecções sanguíneas que puderam ser evitadas, graças à utilização desse novo e - bem-vindo-, procedimento. Mediendienst.forchung Friederich-Alexander-Universitat, Erlangen-Nurnberg, no 711, August 23, 2004. (Tradução/Texto - MIA) |
© 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br
sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco