Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Hidratos de carbono : vacina.

Os hidratos de carbono são compostos orgânicos constituídos unicamente de carbono, hidrogênio e oxigênio, de fórmula Cx(H2O)y, tratam-se de compostos energéticos, conhecidos em Bioquímica como glucídios. São determinantes nas glicoproteínas, localizadas em nível das membranas biológicas. Com o papel de sinalizadores de reconhecimento, os hidratos de carbono podem ser marcadores de diversas patologias.

Em Ontário (Canadá), na Universidade de Guelph, Mário Monteiro, Professor do Departamento de Química, vem tentando fazer uso dessas cadeias glucídicas, como base de novas gerações de vacinas, contra bactérias e vírus.

Cada bactéria ou vírus é caracterizado por uma estrutura própria de hidrato de carbono em sua superfície. Trata-se de uma verdadeira "assinatura", uma "rubrica", reconhecida pelo sistema imunológico, que toma as devidas precauções para reagir, enviando anticorpos para destruir os agentes patogênicos, tão logo identificados.

Foi graças à química orgânica que Monteiro sintetizou os poliosídeos característicos de certos agentes patogênicos. Introduzindo no corpo humano esses hidratos de carbono de síntese, o pesquisador visa a simular uma agressão viral ou bacteriológica e provocar uma produção de anticorpos para o sistema imunitário. A helicobacter pilori e a campilobacter são as variedades com as quais Monteiro atualmente trabalha. A primeira é responsável pela úlcera e, até mesmo, pelo câncer do estômago. Trata-se de uma bactéria de difícil eliminação, sendo bastante freqüentes os casos de re-infecção.

Triste é saber que mais da metade da população mundial corre o risco de ser contaminada por essa bactéria. Origem de numerosas intoxicações alimentares, a Campilobacter está presente na carne de frango.

As vacinas tradicionais fazem uso de agentes patogênicos enfraquecidos que estimulam a produção de anticorpos pelo sistema imunológico. Aquele que imagina que tais agentes são inofensivos, engana-se: podem conter impurezas ou contaminantes potenciais, que poderão ser perigosos para o corpo humano.

Mário Monteiro informa, no entanto, que, contrariamente às vacinas tradicionais, as novas vacinas à base de hidratos de carbono de síntese não transmitiriam ao corpo humano a não ser a "assinatura" desses agentes patogênicos, sendo para o organismo sem riscos, estimulando a produção de anticorpos.

Comparadas: vacinação tradicional e vacinação com hidratos de carbono de síntese, observa-se que a última seria mais eficaz contra as infecções bacteriológicas e, sobretudo, 100% inofensiva ao sistema imunológico.

Universidade de Guelp, Ontário, Canadá, August 24, 2004. (Tradução/Texto - MIA)


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco