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NOVIDADES
No terreno das nanotecnologias "parece" que já não se pode duvidar de mais nada. "Tudo é possível!". Pelo menos é o que certos desenvolvimentos, como aquele realizado por pesquisadores russos do Instituto de Microeletrônica de Chernogolovka, em associação com colegas da Universidade de Manchester (Reino Unido), autorizam imaginar. Em pesquisa conjunta, os pesquisadores teriam desenvolvido o primeiro material com as dimensões de um átomo, revelando assim a existência de uma nova classe de materiais, que poderia levar à concepção de computadores compostos por uma só molécula. As duas equipes teriam conseguido extrair camadas de átomos de carbono de cristais de grafite, o que as levou à produção da estrutura mais fina possível - o grafeno. A nanoestrutura pertence à família das moléculas fulereno, descoberta nos últimos 20 anos, mas pela primeira vez seria bidimensional. No momento, os pesquisadores se concentram sobre as propriedades eletrônicas da nanoestrutura de carbono. Utilizando técnicas de litografia e de gravação, a equipe russa está encarregada de transformar em transistor as estruturas preparadas em Manchester. Ela teria mostrado que na condição ambiente tem-se um transistor de campo ambipolar, e que a microestrutura teria uma excelente qualidade, podendo os elétrons se deslocar, sem dispersão, da fonte ao dreno, propriedade esta importante para a concepção de transistores de transmissão ultra-rápida. Em se tratando de microprocessadores, a ordem parece ser fazê-los cada vez mais potentes e mais rápidos. Para atingir tal objetivo, os engenheiros empenham-se na redução do tamanho dos transistores, tornando cada vez menor a distância a ser percorrida pelos elétrons para comutar os 0 e os 1. Assim, cientistas imaginam transistores compostos de uma única molécula, uma visão nada "science fiction" após a descoberta dos cientistas russos e ingleses. Mesmo que trabalhando atualmente sobre estruturas ao redor de 10 mícrons de comprimento, não existiria limitação fundamental do tamanho lateral das nanoestruturas de carbono. Segundo o Doutor Novoselov, "Há apenas 10 anos, os nanotubos não atingiam o mícron. Hoje, os cientistas fazem nanotubos de vários centímetros de comprimento, e progressos similares podem razoavelmente ser esperados para as nanoestruturas de carbono". Expert, 01 Novembre, 2004. (Tradução/Texto - MIA) |
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