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Obtenção mais fácil de Visa para os Estados Unidos.

Em 1998, um programa de segurança americano, denominado Visas Mantis, foi criado com a finalidade de coibir a transferência ilegal de tecnologias sensíveis. Mas, após os atentados de setembro de 2001, as coisas mudaram... e mudaram muito! Conseguir um visto de entrada nos Estados Unidos tornou-se algo bastante difícil. Muitas vezes, im-pos-sí-vel!

Até o presente, cientistas trabalhando em áreas como química, física e, ainda, engenharia eram obrigados a se submeter a um controle rigoroso e sistemático todos os anos e, também, a cada renovação do visto. Tratavam-se de procedimentos particularmente constrangedores. Mais ainda em alguns casos, como os de estudantes chineses, cujos visas de curta duração deviam ser constantemente revalidados.

Ao que tudo indica, daqui para frente, os Estados Unidos decidiram ser mais flexíveis na liberação de visas para determinados pesquisadores e estudantes estrangeiros. Uma verificação inicial será realizada, permanecendo válida de um a quatro anos, para estudantes, e até dois anos, para pesquisadores.

O tempo médio de espera para obtenção de autorizações que, entre abril e junho de 2003, era de 67 dias - segundo estudo do Government Accountability Office -, foi reduzido para 14 dias, anunciou o Departamento de Estado. Nada mal! A medida irá favorecer universidades e instituições de pesquisa, que já haviam constatado uma baixa de demandas da parte de estudantes estrangeiros.

O Council of Graduate Schools registrou entre 2003 e 2004 uma queda de 32%. O número de acolhimentos efetivos, pela primeira vez em 35 anos, também diminuiu significativamente em virtude dessas medidas. Só em 2003 e 2004 acredita-se ter havido uma baixa de 100 000 no número de estudantes inscritos.

Contudo, não deve também ser descartada, nesse mesmo período, uma concorrência universitária substancialmente maior da Europa e da Ásia.

Diga-se de passagem, que, nada nada, acolher estudantes estrangeiros fez crescer, em 2004, as receitas dos Estados Unidos em 10 bilhões de dólares! Trata-se de um setor universitário que se coloca na 5a posição das indústrias de serviços americanos, ao que se acrescenta o papel de fornecedor de cérebros para a indústria americana.

Um pouco de (ou muita!) pressão exterior, ao que tudo indica, também acabou surtindo efeito. No ano passado, sessenta e oito universidades uniram-se a instituições científicas solicitando ao governo que relaxasse as restrições em vigor.

Por outro lado, foram também beneficiados trabalhadores temporários, portadores de Visa H, Empregados de multinacionais, detentores de Visa L, turistas e homens de negócios, com Visas B, que poderão vir a receber visas de até dois anos contínuos, enquanto os B1 e B2 receberão visas válidos por um ano.

New York Times, February 14, 2005 (Tradução/Texto - MIA).


Veja mais:

A National Science Foundation (EUA), preocupada, quer saber onde estão os jovens cientistas americanos.

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