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TOPCOMBI : a experimentação automatizada aplicada à Química.

Em 11 de março, 22 parceiros europeus se reuniram no Instituto de Pesquisa em Catálise, do CNRS de Lyon (França), para dar início ao Programa TOPCOMBI. Seu objetivo: aplicar à química as técnicas de experimentação automatizada, já utilizadas em pesquisa farmacêutica, a fim de desenvolver procedimentos mais seguros, mais limpos, mais compactos e mais econômicos.

Há alguns anos, para descobrir novos medicamentos, são aplicadas técnicas de experimentação automatizada. Concretamente, as moléculas potencialmente ativas sobre o organismo são descritas com o maior número de parâmetros possíveis. Elas constituem uma "primeira geração". Os pesquisadores aperfeiçoam algoritmos para combinar alguns desses parâmetros. Um robô obedece a esses algoritmos e sintetiza a nova geração, em reatores funcionando em paralelo. A atividade da nova geração é testada, antes da síntese da geração seguinte. Essa conduta, que combina os parâmetros de moléculas, é a da "química combinatória". Ela reduz consideravelmente o tempo necessário à descoberta de novos princípios ativos.

O objetivo do Programa TOPCOMBI (Towards Optimised Chemical Processes and New Materials by Combinatorial Science) é aplicar a química combinatória não à descoberta de medicamentos, mas de novos processos químicos. Censura-se a indústria química por poluir, engendrar riscos de explosão ou riscos para a saúde, injetar dióxido de carbono na atmosfera, etc. Por que, então, não substituir os procedimentos atuais por novas vias de sínteses que não tenham esses inconvenientes? Seria o ideal, mas sobre o que poderia agir a química combinatória? Sobre os catalisadores, respondem os pesquisadores.

A maior parte das reações da indústria química emprega catalisadores para acelerar as reações. Esses catalisadores são chamados "heterogêneos", porque não estão no mesmo estado que os reagentes ou os produtos (por exemplo, eles são sólidos, quando os reagentes e produtos são gasosos): eles não se misturam aos produtos da reação e podem ser reutilizados. A química combinatória ajudará a descobrir novas gerações de catalisadores, que autorizarão novas vias de síntese, com a produção de novos produtos. Eles eliminarão os intermediários de reação inoportunos. Abaixarão também as temperaturas, logo, reduzirão as quantidades de combustível queimado pelo aquecimento dos reatores (portanto, o dióxido de carbono produzido quando dessa combustão). Eles serão adaptados aos reatores miniaturizados do futuro. De fato, as reações "em paralelo", em numerosos microrreatores, permitirão melhor controlar os parâmetros das reações, portanto os rendimentos.

É a partir dessa idéia que irão trabalhar os parceiros do TOPCOMBI, oriundos de 11 países diferentes, dos quais, um terço, é de universidades e centros de pesquisa, enquanto dois terços são industriais. O TOPCOMBI é coordenado pelo Instituto de Pesquisas em Catálise, do CNRS, de Lyon. A ação do TOPCOMBI se funda sobre problemas maiores, com os quais estão confrontados industriais parceiros do Projeto. Segundo essa ótica, foram caracterizados três eixos principais de pesquisa: obter combustíveis e matérias-primas líquidas (portanto facilmente transportáveis) pela indústria química, a partir de gás natural, em vez de petróleo; eliminar os solventes e produtos tóxicos na síntese dos grandes intermediários da química e suprimir os óxidos de nitrogênio (NOx) em agroquímica, na síntese de adubos; desenvolver uma nova química verde, para valorizar novas bio-fontes (oriundas principalmente da produção de biocombustível) ou para a síntese de agentes de branqueamento.

CNRS, 17 Mars, 2005. (Tradução/Texto - MIA)

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