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NOVIDADES
No início do Século XX, para maior precisão, em 1909, Leo Hendrik Backeland sintetizou uma substância plástica, a baquelite, que viria a revolucionar nosso quotidiano: nascia o plástico. E chegou para tomar conta. Incontestavelmente faz parte de nossa vida. Quer uma prova? Dê uma olhada no ambiente e dê-se conta de que grande parte do que nos cerca é feita desse material. Mas, se a indústria do plástico revolucionou o dia-a-dia, em contrapartida veio criar um dos mais sérios problemas ambientais do final do Século XX: a eliminação do lixo plástico. Problema seriíssimo, porque o plástico pode ser reciclado - mas não eliminado -, e produz gases altamente tóxicos se incinerado. É certo que até casas inteiras já foram fabricadas com plástico sintético; que a indústria automobilística faz verdadeiras proezas com o plástico; que a empresa alemã BMW foi a primeira na criação de automóveis com carroceria feita de apenas um monobloco de plástico; que é quase que impensável prescindir da sacola plástica nas compras em supermercados, lojas, etc., etc. Mas... o que fazer com as toneladas de lixo plástico geradas no mundo diariamente? Há gente e,... mais gente, pensando nisso! Em Sainte-Sigolène (França) acaba de ser apresentado um saco plástico de nova geração, com tempo de vida controlado. É isso: nasceu o néosac! Trata-se de um saco ecológico, resultado de um projeto que começou em 2002, graças ao esforço conjunto de doze industriais do plástico e do Governo. As pesquisas, dirigidas pelo Professor Jacques Lemaire, foram realizadas no Centro Nacional de Avaliação e de Fotoproteção (CNEP), em Puy-de-Dôme. Biodegradável, o saco é feito de polietileno e de um aditivo composto por uma mistura de substâncias pró-degradantes. Em virtude dessa composição, o néosac jogado na natureza, acidentalmente, ou não, sob o efeito da luz e do calor, em três meses se desagrega de forma espontânea sob a ação de microorganismos. O meio ambiente agradece, uma vez que a degradação do néosac produz apenas água e gás carbônico. Para se ter uma idéia, cada ano, só na França, são distribuídos mais de 15 bilhões de sacos plásticos. Avalie-se, então, as possibilidades econômicas e ecológicas que tal inovação pode trazer! Os distribuidores colocaram uma meta para um horizonte próximo: 3 anos. Nesse espaço de tempo, pensam reduzir de 25% o número de sacos distribuídos nos caixas de supermercados e lojas. Mais concretamente: 3,75 bilhões de unidades. Assim, desde o início de abril, uma grande gama de sacos reutilizáveis e permutáveis está disponível nas 1800 lojas Intermarché e Ecomarché. Os clientes dessas lojas, a partir de compras de 10 euros (aproximadamente 34,00 reais), poderão sair com um "saco natureza" gratuito. Serão, no total, uns 4,4 milhões de sacos distribuídos. A natureza agradece essa pequena-gigante inovação. O homem, parte integrante da natureza, diz amém! La Haute Loire, www.hauteloire.fr/index.php4 (Tradução/Texto - MIA). |
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