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Alellyx mapeia genoma do vírus da leprose dos citros.

A Alellyx, empresa de pesquisa e desenvolvimento em genômica aplicada, financiada pela divisão de novos negócios do grupo Votorantim, anunciou em 7 de abril, em São Paulo, o seqüenciamento completo do genoma do vírus causador da leprose dos citros. O controle da doença, baseado atualmente na aplicação de acaricidas, demanda investimentos de cerca de US$ 300 milhões por ano por parte dos produtores de laranja do país.

Fernando Reinach, presidente da Alellyx e diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios, explicou que, a partir do seqüenciamento do vírus CiLV (Citrus Leprosis Virus, na sigla em inglês), é possível desenvolver vacinas contra o mal e mesmo plantas transgênicas resistentes a ele. As pesquisas com o CiLV começaram em setembro do ano passado e absorveram aporte de aproximadamente US$ 1 milhão, de acordo com Reinach.

O executivo afirmou que a Alellyx já patenteou nos Estados Unidos tanto o seqüenciamento quanto o método de desenvolvimento de plantas transgênicas resistentes ao vírus da leprose. No Brasil, a empresa espera autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para realizar seus próprios testes de campo com as novas plantas.

"No caso da [doença conhecida como] morte súbita dos citros, o vírus foi seqüenciado e também temos plantas transgênicas à espera de autorização da CTNBio para testes de campo". Reinach lembra, ainda, que recentemente a Alellyx e a CanaVialis, outra companhia controlada pelo Votorantim, obtiveram sinal verde da CTNBio para testar no campo uma variedade de cana transgênica resistente ao vírus causador do mosaico.

Transmitido por ácaros, a leprose dos citros não se espalha por toda a planta a partir de uma única picada em uma folha. Se a folha picada chegar a cair, a nova folha que a substituir será saudável. O problema é que a situação descrita é limite, e o ataque dos ácaros costuma resultar num sem-número de picadas - o que, no limite oposto, pode matar a árvore.


Nota do Managing Editor: Esta notícia foi primeiramente veiculada pelo Jornal Valor Econômico, 1º Caderno, em 8 de abril de 2005.

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