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NOVIDADES
Pesquisadores da Rice University, Texas (EUA), e do Georgia Institute of Technology, Georgia (EUA), em trabalho publicado no Journal Environmental Science & Technology revelam que os famosos fulerenos (C60) representam um risco para os ecossistemas. Os fulerenos são nanopartículas de carbono, de forma quase-esférica, e vêm sendo utilizados mais e mais na indústria. A produção dos mesmos, segundo a Frontier Carbon Corporation, daqui a 2007 deverá aproximar-se da 10 toneladas! Frente a "massa" tão grande, a questão de seu impacto sobre o meio ambiente é preocupante e motivo de debates. A solubilidade dos fulerenos é inferior a alguns picogramas por litro e, em geral, estes são considerados poucos solúveis em solventes polares como a água, daí serem pouco perigosos. Contudo, é bom não se fiar nessa aparente falta de periculosidade! John Fortner e colaboradores mostraram que, em certas condições, dependendo, por exemplo, do pH, os C60 podem formar agregados coloidais, batizados como nano-C60. Com um diâmetro de 25 a 500 nm, as novas estruturas são, a partir daí, claramente mais solúveis, com taxas podendo chegar aos 100 miligramas por litro. Além disso, são perfeitamente estáveis, por pelo menos 15 semanas, em um meio de força iônica inferior a 0,05, o que é o caso da maioria das águas naturais. Os pesquisadores, estudando seus efeitos em solução sobre dois tipos de procariontes: E. Caule e B. Subtileza observaram um crescimento lento das culturas bacterianas, tanto aeróbicas quanto anaeróbicas, para uma concentração de nano-C60, de mais de 0,5 partes por milhão (ppm). Caso os resultados venham a ser confirmados, dizem os cientistas, será necessário que se faça uma revisão das normas de poluição devidas ao C60 (atualmente tais normas são calculadas tendo por base o grafite), levando-se em consideração sua possível interação com o meio ambiente. Tais conclusões, diga-se de passagem, vêm sendo contestadas por outras equipes. Washington Post, may 15, 2005 (Tradução/Texto - MIA). |
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