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NOVIDADES
O câncer de pele é o mais comum dos cânceres que pode acometer o ser humano e, geralmente, pode ser prevenido. Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que ele possa vir a ocorrer. Tratam-se de lesões de pele de fácil diagnóstico e, quando operadas precocemente, apresentam índices de cura superiores a 95%. A indústria farmacêutica e a cosmecêutica (ramo da indústria de cosméticos que agem como medicamentos, logo, com propriedades terapêuticas) vêm se voltando cada vez mais para o desenvolvimento de produtos que buscam prevenir e também socorrer aqueles que já foram atingidos pelo mal. São protetores solares, bloqueadores solares, cremes, enfim, todos produtos com uma mesma finalidade: proteger, inibir o aparecimento da doença. Nessa linha, uma nova geração de cremes solares, à base de fragmentos de DNA, foi desenvolvida para combater a incidência, mais e mais crescente, dos cânceres de pele. Liderando as pesquisas está o Doutor Cheryl Rosen, do Departamento de Dermatologia do Toronto Western Hospital (Canadá). Trabalhando em colaboração com a Doutora Bárbara Gilchrest, do Departamento de Dermatologia da Universidade de Boston (EUA), os pesquisadores chegaram a resultados promissores: a aplicação de pequenos fragmentos de DNA ou de oligonucleotídeos (T-oligos) sobre a pele, pode levar à morte dos melanomas nos humano e, no caso de sobreviverem, tornarem-se menos agressivos. Há anos a Doutora Gilchrest trabalha sobre o impacto da utilização de fragmentos de DNA para lutar contra os cânceres de pele. Sua equipe estudou os mecanismos de distribuição dos danos do DNA das células, a fim de elaborar um mecanismo que incitasse células sadias a desenvolver mecanismos de defesa naturais, protegendo-as de futuros riscos durante 5 anos. Em 2004, os pesquisadores aplicaram em ratos imberbes fragmentos de DNA, conhecidos sob o nome de timidina dinucleotide (pTT). Os ratos tratados foram, juntamente com um grupo de ratos-testemunha, expostos a uma quantidade de UV suficiente para desenvolver um câncer de pele. Após 6 meses, 75% dos ratos tratados mantiveram-se saudáveis, enquanto que apenas 12% dos ratos-testemunha não haviam contraído câncer. Por outro lado, dentre o grupo de ratos-testemunha, o primeiro caso de câncer surgiu 9 semanas após a exposição, enquanto que nos animais tratados com pTT, o primeiro caso foi diagnosticado após 4 meses. Os doutores Rosen e Gilchrest esperam em breve poder comercializar essa loção, combinando-a com uma fórmula tradicional de creme solar, a fim de melhor protegê-la.
É bom lembrar sempre que o sucesso de todo tratamento está diretamente relacionado ao seu diagnóstico precoce. Por isso, em qualquer caso de lesão em forma de nódulo, de crescimento lento, mas constante; qualquer pinta na pele que apresente crescimento, coceira, sangramento, mude suas características, etc.; qualquer ferida que não cicatrize espontaneamente em 4 semanas; qualquer mancha de nascimento, que apresente alterações na cor, na espessura ou no tamanho, procure um médico (dermatologista), o mais rápido possível! Diz o dito popular: é melhor prevenir que remediar! National Post, may 2005 (Tradução/Texto - MIA). |
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