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Células humanas datadas com carbono 14.

Uma equipe americano-sueca propõe nova técnica para acompanhar a regeneração celular no homem: a datação com carbono 14. Atualmente, utilizam-se marcadores moleculares para o conhecimento do número de células engajadas em cada uma das diferentes fases de um ciclo de divisão a um tempo dado, ou ainda nucleotídeos radioativos (H3-timidina) ou modificados (bromodesoxiuridina) para marcar as células recentemente criadas e acompanhar sua integração aos tecidos. Mas nenhuma dessas técnicas oferece a possibilidade de determinar retrospectivamente a taxa de renovação celular em um tecido humano.

Bruce Buchholz, do Laurence Livermore National Laboratory (EUA), e seus colegas suecos conseguiram exatamente isso! Tudo graças aos testes nucleares atmosféricos...

De fato, durante os anos 1950 a 1963, data de sua proibição, as experiências de explosões nucleares provocaram um pico do nível de carbono 14 (C14) no ar que pôde se integrar no DNA humano, tendo em seguida a concentração de C14 voltado ao normal. Assim, os pesquisadores analisaram a incorporação de C14 no genoma dos tecidos das amostras post mortem de duas regiões do cérebro de 10 suecos nascidos antes e depois dos testes nucleares. A quantidade de C14 nas células post mortem estando ligada àquela da atmosfera no momento da última divisão celular, puderam estabelecer a idade das células e principalmente aquela dos neurônios corticais.

Presentemente há uma discussão em que se tenta elucidar se o fenômeno de neurogênese continua ou não ao longo da vida de um homem. Os dados trazidos por esse novo método de análise - nos limites de sua sensibilidade -, revelam que as células da região do córtex occipital têm a idade do indivíduo, o que indica não ter havido novas células formadas após o nascimento. Entretanto, será necessário que se estenda o estudo ao conjunto das zonas cerebrais para que se resolva definitivamente a questão.

Boston Globe, July 18, 2005 (Tradução - MIA).

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