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NOVIDADES
Microeletrônica já é palavra de uso (e entendimento) corrente da grande maioria de pessoas no mundo todo. De há muito, jornais, revistas e mídia em geral usam-na ou referem-se a ela como sendo de domínio absolutamente comum. Agora, uma nova palavra começa a ganhar terreno: spintrônica, ou eletrônica do spin que, ao que tudo indica, será a próxima revolução da microeletrônica. No Silicon Valley, o Vale do Silício (EUA), durante uma jornada de estudos a portas abertas, realizada em seus laboratórios, a Intel revelou, tornando públicos, seus trabalhos de pesquisa nessa área. Trata-se de uma novíssima tecnologia que substituirá a tecnologia CMOS (Complementary Metal-Oxide Semiconductor) - atualmente utilizada pela indústria do semicondutor -, daqui a 2020. Dmitri Nikonov, um dos engenheiros da Intel, estima que, "em 2020, poder-se-á ter atingido os limites da miniaturização e, sobretudo, da densidade dos transistores sobre um chip, o que causará, em particular, uma dissipação térmica muito importante. A spintrônica é a tecnologia mais promissora para prolongar a Lei de Moore". Com a spintrônica, os pesquisadores debruçam-se sobre técnicas de fabricação aquém do nanômetro (milionésimo de milímetro). Nas palavras de Nikonov, "graças a essa tecnologia, os transistores atingirão o tamanho de alguns átomos. As aplicações são inúmeras, na fabricação da próxima geração de processadores ou de memórias, que combinam todas as vantagens das tecnologias existentes (SRAM, DRAM e Flash), sem seu inconveniente". A magnetoresistividade gigante foi a primeira manifestação da eletrônica de spin. Em 1988, a equipe de Albert Fert, do Laboratório de Física dos Sólidos, de Orsay (CNRS, França), observou o fenômeno pela primeira vez, o qual permitiu melhorar consideravelmente a densidade de estocagem dos discos rígidos. Tal descoberta também abriu caminho para a spintrônica. Trata-se de uma área que se situa na fronteira entre o magnetismo e a eletrônica e estuda uma propriedade dos elétrons, antes inexplorada: sua rotação (spin, em inglês). Nikonov informa que "em um semicondutor clássico, manipula-se a carga elétrica, positiva ou negativa (0 ou 1), dos elétrons, para transmitir a informação. Com a spintrônica, que também tira partido de seu magnetismo, será possível multiplicar o número de operações de cálculo simultâneas e de informações transmitidas, chamadas qubit ou bits quânticos, a velocidades até aqui inigualáveis". OINet, consultado em julho de 2005 (Tradução/Texto - MIA). |
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