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Nanotecnologias possibilitam produção de tintas e vernizes high-tech.

"As roupas constituirão as primeiras verdadeiras aplicações na vida quotidiana das nanotecnologias", conforme comunicou o químico Dirk Maine, na Fourth Smart Coatings Conference, realizada em Berlin (Alemanha), sob a égide da empresa Vincentz Network. Um dos primeiros objetivos da indústria, que trata da superfície de materiais, é evitar a corrosão. "Grande número dos problemas de corrosão pode ser resolvido via revestimento", estima Michael Rohwerder, físico do Max Planck Institute, em Düsseldorf (Alemanha), consagrado à pesquisa sobre o ferro.

Mesmo no aço, o oxigênio consegue difundir-se lentamente até o metal, não obstante os melhores revestimentos. A corrosão se acelera quando o revestimento lasca, se escama sob o efeito da delaminação, processo químico iniciado nas pequenas fissuras. E é exatamente aí que as nanotecnologias podem intervir. O grupo de Rohwerder trabalha com um revestimento que permitirá que a superfície atacada se auto-repare, liberando íons protetores, capazes de bloquear o acesso ao metal. Os polímeros condutores incorporados a esse produto para torná-lo reativo ao ambiente corrosivo poderiam, em determinadas condições, favorecer o ataque do metal, assim, os pesquisadores têm ainda um bom trabalho pela frente. Seu objetivo seria, então, substituir o cromo - aditivo quase universal, utilizado para os revestimentos de metal -, profundamente tóxico quando liberado no meio ambiente.

Os nanomateriais poderão igualmente servir para conter uma oxidação bem mais rápida, o fogo. Agentes retardantes de chama são, há trinta anos, utilizados nos revestimentos, mas apresentam sérios inconvenientes. Segundo Stefan Sepeur, químico da empresa Nano-X, de Sarrebruck (Alemanha), mais de 90% das mortes causadas pelos incêndios são devidas não às chamas, mas à emissão de gases tóxicos e corrosivos, freqüentemente produzidos pelos próprios retardantes.

A Inomat, empresa especializada na pesquisa de tais produtos, encontrou um meio de recobrir as superfícies, com nanopartículas retardantes de óxidos de alumínio ou de silício. As últimas, solúveis em razão de seu pequeno tamanho, poderão substituir os produtos orgânicos tóxicos, à base de epóxi e acrilatos, atualmente utilizados. Um inconveniente, apenas: sua deposição deve ser feita a 100 oC, o que limita a extensão de seu uso.

Outra aborgagem desenvolvida pelos pesquisadores do Fraunhofer Institute for Wood Research, em Brauschweig (Alemanha) é tentar dotar as superfícies de seu próprio meio de extinção do fogo. O que parece ser uma pintura ou um verniz comum à temperatura ambiente se transforma de repente, ao contato com chamas, em uma espuma de carbono. Esta, formada de elastômeros se endurece como cerâmica, tendo sido desenvolvida há trinta e cinco anos para isolar a câmara de combustão dos mísseis, informa Sebastian Simon, engenheiro químico encarregado do projeto. Após ter-lhe conferido a aparência de um simples verniz, os pesquisadores passaram o mesmo em uma escada de madeira, que, a seguir, foi submetida à prova de chama a 900 oC, durante meia hora. Após a realização do experimento, cada degrau pode ainda suportar um peso de cem quilos!

Outros pesquisadores prevêem revestimentos inteligentes para cenários ainda mais dramáticos. Na Universidade de Pittsburg, na Pensilvânia (EUA), os biólogos moleculares Richard Koepsel e Alan Russel trabalham com proteção contra armas biológicas ou químicas. Desenvolvem com fundos militares americanos um "plástico biorreativo", recoberto de anticorpos e de enzimas que descontaminam as superfícies quando os patógenos ou as toxinas se apresentam.

Le Figaro (www.lefigaro.fr/sciences), consultado em 10 setembro de 2005 (Tradução - MIA).


Veja mais:

European Coatings Conference Smart Coatings IV

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