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Impressoras a jato de células ?

Por que imprimir como todo mundo quando se tem imaginação? Uma colaboração entre cientistas da University College London (UCL) e do King's College London (KCL) permitiu reciclar uma impressora a jato de tinta em uma impressora a "jato de células" para "imprimir" células nervosas do cérebro. Parecia, a princípio, que esse processo não causaria nenhum dano às células em questão.

A impressora foi um pouco modificada para adaptar-se aos novos objetivos. As equipes de Suwan Jayasinghe e de Amer Qureshi criaram um campo elétrico potente permitindo produzir gotas de alguns micrômetros de diâmetro, tamanho bem menor do que aquele que tinha sido possível atingir por outras técnicas. As gotas de tinta individuais são ejetadas através de um bico, em forma de agulha, antes de se arrebentar num suporte.




Micrografia mostrando células de tamanho micrométrico, obtidas com a impressora.

Créditos: S. Jayasinghe (UCL).



A impressora a "jato de célula" funciona graças a uma técnica chamada "electro-dynamic jetting" (jato eletrodinâmico), através da qual os cientistas aplicam uma alta voltagem sobre o líquido contendo as células, a fim de lhe conferir uma carga eletrostática quando de sua passagem pelo bico.

Essa carga interage com um campo elétrico presente entre o bico e o suporte, o fluxo de líquido é fracionado e se dispersa em uma infinidade de microgotas. Para determinar o efeito desse campo elétrico sobre o estado das células, os pesquisadores utilizaram linfócitos T humanos e células de cérebro de ratos.

A diferença de potencial criada se elevou a 30 kVolts, sobre uma distância de 15 mm, e os resultados mostraram que as células não haviam sofrido nenhum dano e continuavam a se comportar normalmente, após a "impressão".

Vários grupos de cientistas têm mostrado que impressoras a jato de tinta, modificadas, podem ejetar, em uma solução fisiológica, gotas contendo apenas algumas células. A novidade desses experimentos vem do pequeno tamanho das gotas ejetadas.

Experiências suplementares serão necessárias para determinar se as células, a longo prazo, continuam a ser fisiologicamente viáveis e para produzir estruturas tridimensionais de células que sejam funcionais.

Essa nova tecnologia poderá ser utilizada pelos médicos para substituição de tecidos danificados, célula por célula, e assim controlar o enxerto que está sendo efetuado.

Newscientist (www.newscientist.com), January, 2006 (Tradução - MIA).


Nota do Managing Editor: o trabalho original, de autoria de Suwan N. Jayasinghe, Peter A.M. Eagles, Amer N. Qureshi, com o título "Electric field driven jetting: an emerging approach for processing living cells", foi publicado na revista Biotechnology Journal, volume 1, número 1, p. 86-94.


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