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Microscópios eletrônicos colocam as micrografias no centro da inspiração artística : nasce a Nanoarte ?

Cris Orfescu, artista californiano, de origem romena, se autoproclamou criador de uma nova disciplina: a "nanoarte". Suas obras, na fronteira do imagiamento científico e da pintura abstrata, são compostas fazendo uso do microscópio eletrônico, a seguir retocadas e coloridas com a ajuda de programas de retoque de imagens.

A imagem abaixo, intitulada "Body Parts 1", representa, assim, "micropartículas de um óxido de lítio e de cobalto, encerradas em um polímero", o todo é visto através de um microscópio eletrônico, antes de ser impressa sobre tela. As outras obras são igualmente "nanopartículas", de reações químicas ou de movimentos de partículas elementares, projetadas sobre a tela do artista com a ajuda de seus pincéis virtuais.




"Body Parts 1": micropartículas de um óxido de lítio e de cobalto, encerradas em um polímero. O conjunto (o todo) é visto através de um microscópio eletrônico.

Créditos: Cris Orfescu.


Além de sua inegável força visual, o trabalho de Cris Orfescu não é isento de mensagem: "Creio que as pessoas deveriam conhecer mais o que se passa nas escalas micro e nanoscópica, para não mais se assustar com todas essas "nano-coisas", quer se trate de nanotecnologia, nanociências, nanopós que constituem uma nova revolução tecnológica".

Explicando que "a arte não deve ficar distanciada da tecnologia", ele pensa "interpretar o movimento tecnológico", encontrando as semelhanças entre o nanomundo e o mundo no qual vivemos", para ajudar as pessoas a se familiarizarem com essas novas tecnologias, de uma maneira sedutora".

Cris Orfescu obteve recentemente um "diploma de excelência", na competição de arte contemporânea Artotheque, bem como uma menção na mostra internacional "Top 40", do "Los Angeles Center for Digital Arts", onde suas obras estão sendo apresentadas desde 9 de março.

Futura-Sciences, 17 Mars, 2006 (Tradução - MIA).


Veja mais:

A Nanoarte de Christine Vaillancourt.


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