Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Cérebro e neurochip : comunicação que pode dar certo !

O cérebro humano tem por volta de 100 bilhões de neurônios - células nervosas e seus prolongamentos. É um número assustador? É. Isso não se discute! O "pouco" que se sabe sobre o funcionamento dessa rede complexa foi, é, e será sempre motivo de curiosidade. Uma curiosidade sadia, é certo, que tem feito com que cientistas busquem tirar proveito dessa complexidade em benefício do homem.

Pesquisadores alemães e italianos acabam de desenvolver um "nanochip" capaz de se comunicar com as células do cérebro, podendo não só receber sinais de mais de 16.000 neurônios do cérebro, mas também enviar sinais a várias centenas de células cerebrais.




Neurônios

Créditos: Jürgen Berger, Bernhard Götze and Michael Kiebler


A Infineon, empresa alemã fabricante de chips, trabalhou com os pesquisadores para integrar 16.384 transistores e centenas de condensadores, sobre um chip experimental de apenas 1mm quadrado, objetivando religá-lo aos neurônios.

Uma vez religados, os transistores podem receber sinais elétricos dos neurônios e, por outro lado, os condensadores podem remeter sinais decodificáveis para os neurônios. A diferença de concentração iônica dos íons de sódio entre o interior e o exterior das células nervosas é utilizada pelos transistores e os condensadores para receber ou emitir sinais elétricos.

Biólogo da Universidade de Pádua (Itália), Stefano Vassanellia informou serem muito delicadas as experimentações feitas sobre neurônios de mamíferos, uma vez que nessa classe de vertebrados os neurônios são menores e mais complexos. Assim, os testes foram inicialmente feitos sobre células do cérebro do escargot (pequeno molusco gastrópode, muito apreciado na culinária francesa) para, depois, passarem aos neurônios do rato.

A fim de melhorar as interconexões entre células e chips, os pesquisadores lograram modificar os próprios neurônios. Modificaram geneticamente os neurônios e modificaram também as proteínas que religam os neurônios no cérebro, de forma a dispor de canais suplementares de sódio para estabelecer a comunicação com os transistores e os condensadores. Segundo Vassanellia, "essas pesquisas deverão permitir uma melhor compreensão do funcionamento dos neurônios, e, finalmente, conceber sistemas de interfaces neurônicas que permitirão, um dia, associar memórias e componentes biológicos e eletrônicos".

New Scientist, March 27, 2006 (Tradução/Texto - MIA).


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco