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Pó poderá ajudar diminuir a evaporação da água !

A água, elemento vital para a vida na terra, tem sido, cada vez mais e mais, objeto de preocupação para todas as agências governamentais mundiais, mormente naquelas regiões onde a escassez, e mesmo a falta da mesma, vem causando danos ao meio ambiente e, conseqüentemente, ao homem.

Sem a água, a vida no planeta - num futuro não muito distante -, deixará de existir. Campanhas para a preservação do que ainda resta e pesquisas visando ao aproveitamento máximo e consciente dos recursos hídricos existentes vêm sendo realizadas em todo o mundo, buscando-se uma solução para o problema atual - grave -, e, gra-vís-si-mo, amanhã.

Trabalhos apresentados no Fórum Mundial da Água, realizado no México no período de 16 a 22 de março, felizmente apontaram para algumas direções. A empresa brasileira Lótus Química Ambiental, presente no evento, apresentou resultados de uma pesquisa promissora.




Logo do IV Fórum Mundial da Água realizado em março de 2006 no México.


Trata-se de um pó que, embora não estando ainda no mercado, poderá vir, a partir de 2007, ajudar a socorrer aqueles aos quais falta água mesmo para matar a sede. É um pó, composto de tensoativos (compostos que fazem baixar a tensão superficial de um líquido) e de cálcio. Quando depositado na superfície da água, o pó tem o poder de tornar mais lento o processo de evaporação da mesma.

Regiões semi-áridas, como o nordeste brasileiro, nas quais os raios de sol provocam uma evaporação de 40% das águas de chuva acumuladas nos reservatórios, açudes cavados na terra, poderão se beneficiar muitíssimo com esta inovação.

Na Barragem de Broa, no Estado de São Paulo, experiências realizadas revelaram que a fina camada de pó formada na superfície reduz em 50% a evaporação, ou seja: significativamente a metade.

Custando aproximadamente R$ 20,00 o quilo, por hectare, 48 h é o tempo de dissolução da substância, que deverá ser, então, novamente aplicada. Trata-se de um produto que poderá ser aplicado manualmente, além de ter uma composição que permite fácil embalagem e transporte. A natureza da água não muda: se estiver suja, assim continuará; se potável, também. Não se tratando de um produto tóxico, o pó não causará danos aos peixes.

No momento, M. Gugliotti, pesquisador e sócio da empresa, pensa realizar os últimos testes, sobre grandes superfícies: lagos de 80 a 100 Km2 para, assim, avaliar a eficácia de seu material em ambientes maiores, enquanto aguarda o patenteamento. Busca também concluir um acordo de parceria industrial para produzir e exportar, para zonas fortemente ensolaradas, seu redutor de evaporação de água.

Le Monde (www.lemonde.fr), consultado em 07 de Abril de 2006 (Tradução/Texto - MIA).


Nota do Managing Editor: a Lótus Química Ambiental (lotus@cietec.org.br) atua na área de preservação do meio ambiente, com especial atenção para a conservação dos recursos hídricos. O objetivo geral da empresa é o desenvolvimento de novas tecnologias para a proteção dos recursos naturais. A empresa está incubada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas - IPEN/USP (www.cietec.org.br).

Veja mais:

Artigo da jornalista Dinorah Ereno publicado na Revista Pesquisa Fapesp, Abril 2006, no 122, p. 72, de título "Mistura Fina - Película protetora reduz evaporação de água doce em reservatórios".


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