Apesar dos dados sobre doação e transplante de córnea no Brasil ainda não estarem compilados de forma adequada e, portanto, as estatísticas disponíveis ainda não retratarem a realidade no país, os números realmente são significativos. Por exemplo, segundo a Associação Pan-Americana de Banco de Olhos, no Brasil, em 2004 foram coletadas 11.800 córneas para um total de 8.183 transplantes. Se considerarmos o mundo inteiro estes números podem atingir cifras impressionantes!

É dentro deste contexto que a pesquisa envolvendo o National Recherche Council (NRC) e o Ottawa Eye Institute, ambos do Canadá ganha grande relevância. Os pesquisadores das duas instituições estão trabalhando em pesquisa que está conduzindo a uma variedade de tecidos que possibilitam perspectivar várias e novas aplicações, inclusive o desenvolvimento de córneas artificiais.

Como fruto da pesquisa foram produzidos materiais biosintéticos poliméricos que podem não só auxiliar, como também, "encorajar" o crescimento de células da córnea, inclusive as celas nervosas. Tal material biosintético funciona como "andaime", que apóia o crescimento celular até a "córnea artificial" (mostrado na ilustração) a qual pode ser transplantada.

Córnea artificial

Créditos: National Research Council of Canada

Tal pesquisa mantém viva a promessa de eliminar a necessidade de transplantar córneas humanas saudáveis que, via de regra estão sempre em falta, e que sempre trazem o risco de uma rejeição.

NRC HIGHLIGHTS (www.nrc-cnrc.gc.ca), April 24, 2006 (Tradução/Texto- OLA).


Nota do Scientific Editor: a missão da Associação Pan-Americana de Banco de Olhos (http://www.apabo.com.br) é a promoção de ações que reduzam o número de deficientes visuais por problemas da córnea.

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