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NOVIDADES
A nanotecnologia tem mostrado que não deixa "passar batido" nem mesmo os vírus! Frente à necessidade de fabricar eletrodos para baterias microscópicas, é deles que lança mãos. Estão aí os pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology - MIT (EUA) para mostrar que isso é possível! Com a ajuda de vírus bacteriófagos M13 (vírus que dependem de células bacterianas para se reproduzir), os pesquisadores lograram fabricar eletrodos microscópicos que poderão ser utilizados sobre pilhas íon-lítio que, por sua vez, poderão alimentar aparelhos de tamanho bastante reduzido. Os pesquisadores, em comunicado à revista Science, informaram: "utilizamos vírus para sintetizar e reunir fios nanoscópicos de óxido de cobalto, à temperatura ambiente". Os cientistas modificaram os genes do vírus MP3, de estrutura simples e de fácil manipulação, objetivando fazer com que sua camada exterior - seu envelope -, se ligue a certos íons metálicos. A seguir, incubam os vírus em uma solução de cloreto de cobalto, a fim de que os cristais de óxido de cobalto se liguem uniformemente no comprimento. O acréscimo de um pouco de ouro confere as propriedades elétricas desejadas. Os vírus, assim, não mais podem se reproduzir por si, devendo, portanto, ser cultivados em células, neste caso, as bactérias. Os pesquisadores, então, injetam nas bactérias o material genético dos vírus para fazê-las produzir cópias do vírus. Informam os cientistas que os vírus formam camadas ordenadas. Assim, os fios nanoscópicos resultantes funcionam como os eletrodos positivos de uma pilha, acrescentam eles. Da esquerda para a direita: Professores do MIT Yet-Ming Chiang, Angela Belcher and Paula Hammond mostram filme carregado com vírus que pode ser usado como anodo de bateria. Créditos: Donna Coveney Os pesquisadores são "ambiciosos"! Esperam fabricar pilhas cujo tamanho irá de um grão de arroz àquele das baterias utilizadas para correção de problemas auditivos. Cada vírus, logo, cada fio, não mede senão 6 nm de diâmetro (6 bilionésimas partes do metro) e 880 nm de comprimento. Informam os pesquisadores terem "utilizado anteriormente vírus para reunir semicondutores e fios nanométricos magnéticos". Os cientistas estão otimistas, acreditam eles que a utilização de vírus em nanotecnologias abre grandes perspectivas, uma vez que os vírus possuem diferentes proteínas distribuídas sobre sua superfície, o que permitirá utilizá-los na "microconexão" entre componentes eletrônicos. Massachusetts Institute of Technology (http://web.mit.edu), consultado em 03 de Maio de 2006 (Tradução/Texto - MIA). |
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