Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Polistireno submetido à pirólise pode socorrer o meio ambiente.

O polistireno, polímero obtido por polimerização de estireno e largamente usado na indústria para finalidades diversas, vem causando sérios problemas ambientais. A decomposição natural do mesmo é len-tís-si-ma, sendo necessários milhares de anos para que se dê.

É assustadora a produção anual do polistireno no mundo: são mais de 14 milhões de toneladas, das quais somente 1% é reciclado. E o resto? Permanece como resto nos "lixões"! Sem contar que o componente principal do polistireno, o estireno, é altamente tóxico, provocando sérias afecções no sistema nervoso central.




Pratos e copos de polistireno.


De olho no prejuízo, um pesquisador da Universidade de Hamburgo (Alemanha), Walter Kaminsky, através da pirólise do polistireno vem conseguindo transformá-lo em um líquido - o óleo de estireno-, que é composto por 83% de estireno.

Trata-se de um método que não produz qualquer emissão nociva, sendo o óleo em seguida utilizado como fonte de energia, um carburante sintético que restitui dez vezes mais energia enquanto carburante do que é necessário para produzi-lo.

Trata-se, como se vê, de um procedimento altamente desejável. Contudo, um entrave comercial se coloca: o preço atual do petróleo ainda não faz desse procedimento algo atrativo.

Cientistas já vêm trabalhando em função de tornar o estireno um plástico biodegradável. Assim, no Centre for Synthesis and Chemical Biology, do University College Dublin (Irlanda) o Dr. O'Connor vem trabalhando com a Pseudomonas putida CA-3, uma bactéria do solo capaz de promover a degradação do estireno em PHA, um plástico biodegradável (polihidroxalcanoato).

O PHA se acumula na bactéria sob forma de pequenos grânulos brancos, os quais são extraídos posteriormente pela ação de detergentes que destroem as membranas das células. Diz o Dr. O'Connor que "o acoplamento da pirólise com a digestão subseqüente do óleo de estireno pelas bactérias parece funcionar bem".

As bactérias são cultivadas em um fermentador, após o que o estireno é agregado progressivamente ao meio de cultura.

Para que haja um incremento, um melhor rendimento na produção do PHA, Kaminsky e O'Connor vêm se dedicando a melhorias nos processos de pirólise, de redistilação do óleo de estireno e de estimulação das bactérias.

Quem sabe não está muito distante o dia em que o meio ambiente possa agradecer a ciência por mais esta!

Irish Times (http://www.ireland.com), consultado em 20 de maio, 2006 (Tradução/Texto - MIA).


Nota do Managing Editor: a ilustração usada neste texto não faz parte da matéria original, tendo sido obtida em www.google.com.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco