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NOVIDADES
Liderados por M. G. Julius Vancso, pesquisadores da Universidade de Twente (Holanda) desenvolveram um motor molecular ativado por reações redox. Um polímero contendo átomos de ferro em sua cadeia principal, o poli(ferrocenildimetilsilano) (PFS) constitui o motor que pode ser posicionado sobre uma superfície de ouro. A oxidação dos átomos de ferro produz íons de cargas positivas sobre a cadeia polimérica. A cadeia polimérica se estira uma vez que as cargas, de mesmo sinal, se repelem. Quando do processo de redução, a cadeia torna-se flexível e volta a se encolher. O ciclo de oxidação, redução, estiramento e encolhimento da molécula PFS faz com que a mesma atue como um motor molecular. A molécula é fixada numa superfície de ouro e "flagrada" pela ponta de um microscópio de força atômica (AFM). Créditos: University of Twente (Holanda)
Conforme as pesquisas, a potência do motor molecular é suficiente para ativar as nanobombas, as nanoválvulas e as nanoalavancas. Embora, quando comparada a um motor elétrico - cuja eficiência está ao redor de 80% e ao músculo humano, entre 15% e 35% -, a eficiência do motor molecular, mesmo sendo de 5%, recebe boas considerações de Holger Schonherr, um dos autores do artigo. Acredita Schonherr que tal eficiência pode ser aumentada, escolhendo-se um potencial mais baixo e fornecendo-se calor. Um rendimento superior a 10%, dizem os pesquisadores, é possível ser atingido. Estão programadas pesquisas suplementares que visam testar a eficiência e utilização dos motores moleculares, afirmam os pesquisadores. E, como tudo é possível, os motores moleculares poderão, num futuro não tão distante, funcionar como músculos artificiais, conforme Schonherr. Os resultados das pesquisas do grupo de M. G. Julius Vancso foram publicados na revista Macromolecular Rapid Communications. University of Twente, consultado em 13 de junho de 2006 (Tradução/Texto - MIA). |
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