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NOVIDADES

Em 2010, os telefones celulares não serão mais os mesmos : funcionarão com pilhas a combustível.

O CEA (Comissariado de Energia Atômica da França), acaba de anunciar que minipilhas a combustível serão comercializadas em 2010 nos telefones celulares (sem dúvida, antes como pilhas sobressalentes), sendo que o cartucho de recarga não custará ao consumidor mais que 1 euro (cerca de 2,8 reais)!

Se o CEA Grenoble, no laboratório de LITEN (Laboratório de Inovações para as Tecnologias de Energias e Nanomateriais), cedo - em 2003 -, se voltou para a pilha a combustível de hidrogênio foi, sobretudo, porque só esse tipo de pilha pareceu-lhe apresentar performances potenciais de densidade de energia estocada, em comparação com aquela dos acumuladores: o metanol, por exemplo, não permite obter senão 20 a 30 mW/cm2 do eletrodo, enquanto que o hidrogênio permite atingir 200 a 300 mW/cm2.

Na prática, só alguns centímetros quadrados de eletrodos de silício obtidos por microfabricação - uma técnica bem dominada no CEA -, formando o centro de uma pilha plana, basta para fornecer uma potência contínua de 2 W, tendo o hidrogênio como combustível. Mas, é claro, está fora de cogitação estocar hidrogênio gasoso ou líquido em um telefone celular, sob uma pressão de 600 bars.

O essencial do trabalho do CEA consiste, portanto, no quadro desta linha conceitual, desenvolver um cartucho - descartável, para evitar toda a recarga perigosa -, susceptível de gerar a quantidade suficiente de hidrogênio antes de ser substituído.




Esquema de uma micropilha a hidrogênio.
(catalyseur = catalisador; paroi poreuse = parede porosa; isolant = isolante; silicium = silício, collecteur anodique = coletor anódico; collecteur cathodique = coletor catódico). O hidrogênio utilizado é gerado pela reação de borohidreto de sódio com água.

Créditos: 01.net


O LITEN decidiu fazer gerar o hidrogênio necessário, via reação química da água sobre o borohidreto de sódio. Assim, os cartuchos protótipos se compõem de duas partes: um reservatório com água e um recipiente com o borohidreto. Como a pressão no recipiente do borohidreto e mais baixa, a água chega a ele liberando, assim, o hidrogênio.

Essa liberação aumenta a pressão do hidrogênio até um certo limite, bloqueando a entrada de mais água. A reabertura para a alimentação da água só será provocada por uma queda de pressão do hidrogênio no reservatório, queda devida ao consumo desse gás pela pilha e, assim por diante.

O último protótipo de cartucho feito já apresenta uma forma bem acabada, semelhante àquela de um isqueiro descartável; mas é relativamente grande: 50 cm3 (entregue ao CEA, em fins de 2006) para desempenhar as funções de pilha de segurança. Tal cartucho, assim mesmo, poderá ser adotado pela empresa finlandesa Nokia, em 2008-2009, numa versão mais compacta, de 30 cm3. Acredita-se que este cartucho estará finalizado pelo CEA em 2006, dentro da perspectiva de uma pilha de segurança.

O conjunto, reservatório e pilha, do CEA, atinge hoje uma capacidade de 220 Wh/kg. Resultado que pode ser considerado como bom, comparado aos 190 Wh/kg das melhores tecnologias íon-lítio, sobretudo quando se tem em conta a recarga quase instantânea que pode ser feita pela troca do cartucho reservatório.

Contudo, o objetivo do laboratório de pesquisa é chegar a 800 Wh/kg, daqui a 2009, ou seja, quase quatro vezes mais. Em um formato integrável no interior de um celular, em 2010. Se tudo ocorrer como previsto, o CEA acredita que o cartucho poderá ser proposto inicialmente com o custo de 2 euros (5,6 reais) e, depois, passar rapidamente a 1 euro (2,8 reais).

01net (http://www.01net.com), consultado em 04, Juillet, 2006 (Tradução - MIA).


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