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NOVIDADES
Conviver, sem qualquer drama, com os terríveis odores fétidos dos chiqueiros, salvo juízo contrário, só mesmo os porcos. É isso aí! E parece que até gostam, sendo para eles um perfume agradável! Afinal, tais odores vêm de seu "alimento", de sua "comida", da "comida" que comem. E é assim que engordam, e é assim que sobrevivem. Não sabem por quanto tempo, pois fornos, panelas, grelhas, etc., estão sempre aguardando sua chegada, mas, nem "cogitam" disso! Não obstante à preferência dos suínos, a nanotecnologia resolveu ir fundo e atacar de frente os chiqueiros para acabar com esse perfume in-su-por-tá-vel para os humanos. Assim, pesquisadores vêm trabalhando duro sobre a utilização de nanopartículas, acreditando que estas poderão ser eficazes para a redução das emissões de odores e de gases provenientes dos chiqueiros. Em Saskatoon, bela cidade canadense situada na província de Saskatchewan (Canadá), o Prairie Swine Centre Inc. (PSCI) financia três programas de pesquisa sobre nutrição, engenharia e etologia ligados à produção porcina. Créditos: Prairie Swine Centre Inc. Iniciadas em 2004, pesquisas mais específicas se voltam para a utilização das nanopartículas, buscando atender a uma das solicitações do PSCI que, desde 1991, aponta para a necessidade da redução da emissão dos odores dos chiqueiros. Com o objetivo de determinar os gases a serem eliminados com o emprego de nanopartículas altamente reativas, vem trabalhando na Universidade de Saskatchewan, um grupo de pesquisadores do Departamento de Engenharia Agrícola e Biorrecursos, liderados pelo Professor Bernardo Predicala, também engenheiro do PSCI. As nanopartículas são fabricadas de tal modo, que sua estrutura permite que se estendam sobre uma grande área, comparativamente à sua massa. Como um dos efeitos, elas têm sua reatividade aumentada, mesmo em se tratando dos mesmos compostos e produzidos através de métodos convencionais. Os pesquisadores estão ainda na fase inicial da realização dos estudos exploratórios, contudo, as pesquisas devem também assegurar que a ação das nanopartículas altamente reativas seja benigna, uma vez que os gases tenham sido eliminados. Produtores e outros pesquisadores norte-americanos têm-se mostrado interessados pelo conceito. Embora bastante otimistas quanto aos possíveis resultados, no estado em que se encontram as pesquisas, o grupo canadense hesita em fazer previsões definitivas. Por que a indústria porcina não poderia vir a ser vista também como protetora do meio ambiente? Predicala, com suas pesquisas, aposta nisso! Prairie Swine Centre Inc. (http://www.prairieswine.com), consultado em 07 de julho de 2006 (Tradução/Texto - MIA). |
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