|
NOVIDADES
Cientistas vêm trabalhando pesado em pesquisas. Três das principais empresas mineradoras americanas: a Harmony Gold, a Gold Fields e a Anglo Gold Ashanti foram reagrupadas, juntamente com a Mintek (África do Sul), e participam do Projeto AuTEK, cujo objetivo é propor novas aplicações para o ouro. O dinheiro investido desde o lançamento do Projeto AuTEK, há cinco anos, é alto, tendo sido empregados mais de 6 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 13 milhões de reais. O braço biomédico da AuTEK está interessado em moléculas ativas contendo ouro em sua formulação. Se, até agora, a pedra philosophal (fi-lo-so-fal (desculpe pelo ato falho!)), que possibilitaria a multiplicação do ouro (símbolo químico Au), "o mais nobre dos metais", ainda não foi encontrada, nem por isso o metal deixou de estar em evidência: parece que sempre esteve e, ao que tudo indica, sempre estará na pauta da ciência. Se o ouro já foi, agora é mais ainda o queridinho da medicina. Tem-se notícia do uso do ouro em medicina já na Alexandria, Egito, que mostra que há 5.000 anos os egípcios sugeriam ouro para a purificação da mente, do corpo e do espírito. A crisoterapia, ou terapia áurica, conhecida também como medicina pelo ouro, faz uso do mesmo como agente imunossupressor, que leva à diminuição da resposta imunológica mediante recursos artificiais. Os estudos nessa "área" remontam aos trabalhos de Robert Koch. Bacteriologista, em 1882 Koch isolou pela primeira vez o mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo da tuberculose ou bacilo de Koch (BK). Prosseguindo com suas pesquisas, em 1890 Koch viria a receber o Prêmio Nobel, graças à descoberta de que compostos feitos à base de ouro eram capazes de inibir o crescimento do bacilo causador da tuberculose. O pesquisador fez uso do tetracianoaurato de potássio. Entretanto, foi preciso esperar o desenvolvimento, em 1985, da Auranofina no tratamento de artrites reumatóides para se chegar às aplicações comerciais. A artrite reumatóide é uma enfermidade inflamatória crônica que afeta principalmente as articulações e tecidos circundantes, por exemplo: as mãos. Créditos: Amapar (Madri).
Complexos catiônicos de Au. Créditos: MINTEK (África do Sul).
O vírus do HIV, também no alvo das pesquisas foi, no início dos anos 90, testado com medicamentos à base de ouro, com função inibidora. Foram bons os resultados, uma vez que mostraram que derivados como o ourotiomalato de sódio ou a ourotioglucose inibiam significativamente a ação do vírus. Os trabalhos do Projeto AuTEK com a malária estão ainda no início. Engineering News (www.engineeringnews.co.za), consultado em 20 de setembro de 2006 (Tradução/Texto - MIA). Nota do Managing Editor: as ilustrações apresentadas aqui não figuram na matéria original. Foram obtidas em www.google.com. Veja mais: |
© 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br
sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco