A ciência tem se voltado cada vez mais para os nanotubos. Sem receio de cair no exagero, pode-se dizer que, publicado um novo método de obtenção de nanotubo, outro já está na boca do forno, prestes a sair. E... falando nisso, pesquisadores do Instituto Max-Planck acabam de apresentar um novo método de fabricação de nanotubos. O esquema de fabricação é mostrado na figura abaixo.

A demanda atual para que se desenvolva nanocristais ocos, enquanto catalisadores ou substratos para moléculas ativas, é bastante forte. Indo ao encontro de tais necessidades, cientistas do Instituto Max-Planck de Física de Microestruturas, de Halle (Alemanha), apresentaram um novo procedimento que permite a fabricação - a partir de ligações químicas -, de nanotubos de alta qualidade e em grande número.

Modo de fabricação de nanotubos através de nanofios - (a) esquema mostrando o método de formação de nanofios de espinélio ZnAl₂O₄ após o tratamento de nanofios de Kern-Hullen com ZnO e Al₂O₃; (b,c) a maioria das estruturas monodimensionais é oca ao longo do comprimento do nanotubo. Foram obtidos nanotubos de 20 mícrons de comprimento, com diâmetros de 30 a 40 nanômetros.

Créditos: Max-Planck-Institut für Mikrostrukturphysik

O fenômeno de difusão nos sólidos, conhecido como efeito kirkendal, foi usado pelos pesquisadores para fabricar os nanotubos a partir de nanofios.

IDW, September 09, 2006 (Tradução/Texto - MIA).

Nota do Managing Editor: o trabalho original, intitulado "Monocrystalline spinel nanotube fabrication based on the Kirkendall effect", de autoria de H.J. Fan, M. Knez, R. Scholz, K. Nielsch, E. Pippel, D. Hesse, M. Zacharias e U. Gösele-, foi publicado na revista Nature Materials, número 5, página 627, de 2006.

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