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NOVIDADES
A Royal Society of Chemistry (sociedade que reúne químicos britânicos) escolheu a ocasião dos desfiles de alta costura para comemorar os 150 anos da descoberta da mauveína pelo químico inglês William Perkin. A sociedade científica vê com bons olhos ações desse tipo, destinadas a apresentar a ciência de modo atrativo e divertido. A descoberta de Perkin foi de enorme importância para as indústrias têxtil e química, porque com a mauveína o jovem químico produziu em 23 de março de 1856 o primeiro corante sintético. Até essa data, os corantes artificiais utilizados para tingir tecidos eram produtos naturais muito caros. Além disso, na época vitoriana, os tecidos desbotavam com a lavagem e descoloriam pela ação do sol. Há séculos a cor púrpura era em particular o apanágio de ricos e da realeza; assim, mais de 12.000 múrices (moluscos cujo muco era utilizado para obter o corante) eram necessários para tingir uma só toga romana. Aos 18 anos, William Perkin trabalhava como assistente de Wilhelm von Hofmann, no Royal College of Chemistry (que agora faz parte do Imperial College of London). Perkin buscava sintetizar a quinina utilizada no tratamento da malária. Tentou oxidar a aliltoluidina (C10H12N, um derivado da anilina), mas não conseguiu obter a quinina; em troca, agitando o frasco, observou que o sólido reacional se dissolvia no álcool, para dar origem a uma solução púrpura intensa, à qual chamou mauveína ou púrpura de anilina. Frasco (direita) contendo mauveína. Na figura pode ser ainda observado um tecido tingido com esse corante. Créditos: Spartacus
William Perkin patenteou o novo corante e abriu uma fábrica de tinta em Greenford, no oeste de Londres... The Royal Society of Chemistry (www.rsc.org), consultado em 24 de novembro de 2006. Nota do Managing Editor: a ilustração não faz parte da matéria original e foi obtida em www.google.com. |
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