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Purificação da água : nanopartículas novamente em ação.

Tudo o que "povoa" o imaginário popular quando se fala sobre arsênico é que este é um veneno dos mais perigosos. Logo, aqueles famosos frascos de vidro grosso, contendo um pó branco e com uma caveira marcada com um X, geralmente vermelho, colada na face exterior de tal frasco, devem ficar fora do alcance das crianças e merecem todo o cuidado daqueles que prezam a vida.

Embora a toxicidade do arsênico dependa de seu estado químico, compostos desse elemento oferecem bastante perigo, mais quando de sua ingestão e bem menos quando inalados. Contudo, todo cuidado é pouco! O trióxido de arsênico - poluente ambiental poderosíssimo -, quando contamina a água causa danos importantes à saúde.

A água poluída pelo arsênico tem sempre estado na mira das autoridades sanitárias. Pesquisadores estudam meios eficazes para lidar com o problema. Assim, cientistas da Rice University (EUA), do Center for Biological and Environmental Nanotechnology (CBEN), acabam de apresentar uma técnica simples de purificação da água poluída pelo arsênico.

A nanotecnologia entra em campo: os átomos poluentes são capturados por nanopartículas magnéticas e, a seguir, extraídos da solução sob a ação de um campo magnético. Em síntese, esse é o princípio no qual o método está ancorado.

O comportamento das nanopartículas de óxido de ferro, de tamanho homogêneo e de diâmetro inferior a 20 nm, dispersas em solução aquosa, foi estudado pelos pesquisadores da Rice.




Ilustração (livre) da interação dos átomos de As (Arsênico) com a nanopartícula de óxido de ferro.

Créditos: Rice University (EUA)



As pesquisas revelaram que os nanocristais magnéticos puderam ser extraídos da solução sob a ação de gradientes de campos bastante fracos.

Trata-se de um resultado surpreendente, na medida em que a força magnética que age sobre uma partícula é proporcional a seu volume, e os campos utilizados deveriam ser insuficientes para conter os movimentos brownianos em solução e permitir a separação.

Os pesquisadores do CBEN observaram que as nanopartículas não reagiam independentemente no processo de separação, mas se agregavam, de modo reversível, em razão dos fortes gradientes de campo presentes em sua superfície.

E, contrariando o dito popular que diz que "tamanho não é documento", em nanotecnologia - e esse processo ratifica isso -, é sim, uma vez que a separação se dá em função do tamanho das nanopartículas e essa propriedade permite que se verifique uma seleção, uma escolha, uma triagem magnética em função do campo aplicado.

A aplicação do novo método visando à purificação da água foi feita sobre um contaminante modelo, o arsênico, dado sua interação com o óxido de ferro ser forte e irreversível.

Os pesquisadores conseguiram, assim, reduzir a concentração de arsênico na água em várias ordens de grandeza, levando-a a um nível bastante inferior aos definidos pelo EPA (Environmental Protection Agency - EUA, órgão regulador das questões ambientais) para a água potável dos Estados Unidos.

O Arsênico é um elemento incolor, sem cheiro, sem gosto, que provoca descoloração da pele, câncer e morte.

Rice University (http://www.rice.edu), consultado em 20 de novembro de 2006 (Tradução/Texto - MIA).


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