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Energia solar bombeia laser que leva à produção de hidrogênio.

O Tokyo Institute of Technology (TIT, Japão) desenvolveu um modelo experimental de laser que funciona com "bombeamento" solar, que deverá começar a ser usado em breve.

O dispositivo é composto de uma lente tipo Fresnel (lisa de um lado, mas com arestas no outro) de 2 m2 para concentrar os raios luminosos para uma cavidade óptica constituída por um cristal de cerâmica. O aparelho foi realizado de modo a poder seguir a trajetória do sol ao longo do dia. Segundo cálculos, a cavidade pode gerar um raio laser que pode atingir uma potência de até 400 W.

O modelo experimental possui três conjuntos lente+cristal. O cristal utilizado é uma granada (mineral) contendo ítrio e alumínio, mais comumente chamada YAG (do inglês, ytrium, aluminum garnet), dopada com crômio. Trata-se de um produto igualmente produzido pelo TIT e por ele comercializado. O exército americano, no passado, havia lançado um projeto similar de criação de um raio laser, a partir de irradiações solares, mas a taxa de conversão atingida na época era de 0,7%. O objetivo do laboratório do TIT é chegar a 14%.

Esse laser faz parte de um projeto global do TIT visando a utilizar a energia solar de uma maneira totalmente diferente da que é feita atualmente, a fim de produzir uma nova fonte de energia. O processo é baseado na utilização cíclica do magnésio - Mg. O óxido de magnésio - MgO - é reduzido pelo raio laser em Mg, que pode, a seguir, reagir com a água, para dar MgO e hidrogênio.





Esquema adaptado da produção de hidrogênio através do processo desenvolvido por pesquisadores do TIT.


O hidrogênio poderá então ser utilizado em celas de combustível que funcionam com hidrogênio e fornecer não só energia elétrica mas também térmica (co-geração). O ciclo do magnésio permite produzir hidrogênio a partir de uma fonte de energia gratuita e inexaurível.

Para que tal dispositivo possa ser explorável, é necessário garantir luz solar suficientemente forte e constante, o que não é o caso, a não ser nos desertos. É preciso, então, prever o transporte do magnésio para o lugar de produção do hidrogênio, e re-encaminhar o óxido de magnésio para o dispositivo laser.

Enerzine, consultado em 05 de agosto de 2007 (Tradução - MIA).


Assunto conexo:

Magnésio e água, literalmente, têm a força!


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