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NOVIDADES
O ácido bórico (H3BO3) é antes conhecido como um inseticida bastante comum. De modo surpreendente, cientistas do U.S. Department of Energy's Argonne National Laboratory (EUA) encontraram um meio de usá-lo para limitar as fricções nos motores e assim reduzir o consumo de combustível. A chave para fazer desse produto um "superlubrificante" é reduzir o tamanho até a escala nanométrica. Ali Erdemir há muito tempo estava convencido: o potencial do ácido bórico, empregado até o presente em muitos usos, como anti-séptico ou mesmo antitranspirante não estava esgotado. Já em 1991, tinha recebido um prêmio por ter mostrado que partículas do ácido bórico de tamanhos micrométricos tinham propriedades lubrificantes superiores àquelas do Teflon. Para ele, devia ser possível ir ainda mais longe com essa molécula, aproximando-se de um hipotético e mítico composto que reduziria quase a zero as fricções mecânicas nas máquinas, sobretudo nos motores. Para substâncias desse gênero fala-se de "superlubrificantes". Ácido Bórico ao microscópio. Crédito: Argonne National Laboratory
Restam, contudo, dois problemas: produzir industrialmente esse novo tipo de óleo com aditivo e, sobretudo, cuidar para que ele não resulte em inconvenientes para o meio ambiente e a saúde humana. Se tudo continuar correndo bem, menos de dois anos deverão ser necessários para o aparecimento desse produto no mercado. Recentemente, Ali Erdemir se deu conta de que acrescentando essas nanopartículas não mais no óleo para motor, mas no próprio combustível, era novamente possível diminuir as fricções deste. De fato, era preciso transformar quimicamente o ácido bórico, mas o resultado obtido é interessante, não apenas por conta das economias realizáveis, mas sobretudo porque permite substituir os aditivos usuais empregados para reduzir o coeficiente de fricção do combustível. É particularmente o caso para os motores diesel, onde se faz intervir derivados sulforados e outros compostos químicos, poluidores do ambiente e responsáveis pelas chuvas ácidas. Os pesquisadores estão bastante otimistas quanto a essa descoberta, da qual todos os "eventuais problemas" ainda não são visíveis. A compreensão físico-química dessas performances, por certo, nos farão aceder a novos compostos nessa área, ainda mais performantes. FuturaSciences, consultado em 21 de agosto, 2007 (Tradução - MIA). |
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