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NOVIDADES
Se a agripalma (Leonurus cardíaca L.) atravessou os séculos e as estantes dos ervanários da Idade Média para chegar àquelas das farmácias, pode bem ser que essa planta medicinal seja levada a "mudar de prateleira", trocando a dos ervanários por aquela das especialidades farmacêuticas. De uma pesquisa sobre as propriedades atribuídas a essa planta, já inscrita na farmacopéia alemã em 1485, dois professores da Universidade de Leipzig (Alemanha) finalmente depositaram uma patente sobre a produção de extratos da agripalma e suas aplicações no quadro das patologias coronárias. Agripalma (Leonurus cardíaca L.). Créditos: Flogão
Extrações a partir de diferentes solventes, tais como o etanol ou o clorofórmio, foram realizadas, depois analisadas com o auxílio de métodos cromatográficos, de camada fina e fase líquida de alta performance (HPLC), antes de ser injetadas em corações de animais. Um aumento de débito coronariano foi evidenciado, favorecendo a alimentação do músculo cardíaco e um ralentamento dos batimentos do coração. O efeito antagonista dos canais cálcicos que possuem estes extratos conduziu igualmente a uma diminuição da pressão arterial assim como a um ralentamento da freqüência cardíaca. Se a patente depositada encerra uma primeira etapa relativa à pesquisa fundamental, algumas questões continuam em suspenso, tais como a natureza das substâncias presentes nos extratos, o modo de ação destas (ação isolada ou potencializada por uma associação sinergística), assim como sua toxicidade. Resta ainda encontrar uma indústria farmacêutica interessada em iniciar o desenvolvimento desse produto. IH, 16 de Août, 2007 (Tradução - MIA). Nota do Managing Editor: a ilustração desta notícia não consta do texto original e foi obtida em www.google.com. Nota do Scientific Editor: a Agripalma também é conhecida como cardíaca, cardiária, cauda-de-leão, cordão-de-frade, erva-do-mal-de-cor, leonuro, melissa silvestre, tolonga e totonga. |
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