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Lá vem um robô caminhando sobre as águas !

Uma equipe da Universidade de Carnegie Mellon, EUA, coordenada pelo professor Metin Siti, desenvolveu um novo tipo de robô. Chamado STRIDE (Surface Tension based Robotic Insect Dynamic Explorer), este se inspira na técnica de deslocamento de insetos conhecidos como "water striders", ou "algo que anda sobre a água", que têm a particularidade de permanecer imóveis ou se deslocar sobre a água sem deslizar.

Da mesma forma que estes insetos aquáticos, o robô reparte seu peso (1 grama) sobre seis patas revestidas com teflon, da espessura de algumas centenas de mícron, para 5 a 10 cm de comprimento cada uma. Assim, tornadas hidrófobas, as patas permitem que o robô utilize a tensão superficial da água para se movimentar sem romper a superfície. Três células piezoelétricas movimentam o conjunto, autorizando não só movimentos retilíneos como também rotações.





Espécime de "water strider" (ou "algo que anda sobre a água").

Créditos: Aramel



Ainda que o modo de locomoção seja próximo daquele dos verdadeiros insetos, a diferença está na velocidade do robô. O STRIDE pode avançar com a velocidade de 3 cm/s, em linha reta, e virar de 0,5 rad/s para 40 batimentos de patas por segundo. Para comparação, os "water striders" podem avançar à velocidade de 1,5 m/s, com apenas 10 batimentos de patas por segundo. O peso do robô, e em particular o peso que pode sustentar cada pata sintética, explicam as baixas performances do STRIDE. Enquanto uma única pata do "percevejo d'água" é capaz de manter acima da superfície 15 vezes o peso do inseto, uma pata do robô não pode sustentar senão a metade do peso do conjunto do mecanismo.





O robô STRIDE que anda sobre a água.

Crédito: SCIAM



Atualmente, a equipe de Carnegie Mellon tenta melhorar a hidrofobia das patas, enxertando pelos sintéticos inspirados naqueles que foram encontrados sob os pés do geco, réptil capaz de correr sobre a água. Capturando bolhas de ar microscópicas, estas permitiriam ao robô refazer a superfície em caso de turbulência ou de chuva.

Para além do aspecto lúdico, esse tipo de robô propõe uma nova maneira de locomoção sobre a água. Os pesquisadores do grupo já imaginam aplicações na área dos detectores não-intrusivos em meios aquáticos para, por exemplo, "fiscalizar" um ecossistema.

SCIAM (http://www.sciam.com), consultado em 15 de agosto de 2007 (Tradução - MIA).


Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia, de autoria de Y. S. Song and M. Sitti, entitulado "Surface-Tension-Driven Biologically Inspired Water Strider Robots: Theory and Experiments", foi publicado na revista IEEE Transactions on Robotic, em junho de 2007.


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