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NOVIDADES
Baseados em simulações numéricas, os planos de um minirrefrigerador para chips eletrônicos, explorando o movimento browniano, acabam de ser propostos por um grupo de físicos. É só construir! O movimento browniano foi descoberto pelo botânico inglês Robert Brown, em 1827. Trata-se do movimento térmico aleatório de pequenas partículas em um líquido. Foi Albert Einstein, em 1905, o primeiro a formalizar a teoria, na publicação de seu célebre artigo sobre o assunto. ![]() Robert Brown. Créditos: Soylent Communications
O movimento browniano está onipresente nos gases e líquidos. Pode-se pensar em "construir" nanomáquinas capazes de explorar a energia representada por essa agitação térmica de moléculas. É o que os físicos tentam fazer há dez anos. Em 2004, Christian Van den Broeck e seus colegas belgas e americanos tinham já feito simulações numéricas para demonstrar que o movimento browniano poderia um dia ser utilizado, pelo menos em princípio, para construir um motor à base do movimento browniano em contato com duas fontes de calor em temperaturas diferentes. Como o funcionamento de uma máquina térmica pode ser invertido para produzir, não mais trabalho a partir do calor, mas o inverso, também deveria ser possível fazer funcionar um refrigerador à base do movimento browniano... A chave: explorar as colisões moleculares Cada pá é submetida ao bombardeamento incessante e aleatório de partículas de gás. Um dos reservatórios constitui uma fonte de calor mais fria que a outra, o que é uma necessidade, conforme os princípios da termodinâmica, para fazer funcionar um motor ou um refrigerador. A cada choque, uma transferência de energia cinética se produz em um ou em outro sentido. Estando o calor ligado a essa energia cinética produzida pelas partículas de gás, tal transferência pode servir para produzir trabalho ou, ao contrário, bombear calor. Quando o dispositivo funciona como motor, ele pode realizar até 1.000 giros por segundo em função do gradiente térmico entre os dois reservatórios separados pela membrana, segundo os cálculos dos dois pesquisadores. ![]() Duas pás, mecanicamente ligadas, banham duas câmaras separadas onde as temperaturas, e, portanto, a agitação térmica diferem, o que faz girar o conjunto. Utiliza-se assim da energia do compartimento mais quente. Créditos: Christian Van den Broeck
Futura-Science, consultado em 03 de dezembro de 2007 (Tradução - MIA). |
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