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Sacos plásticos : uma aposta para o "petróleo verde".

O desafio da empresa Novamont (Itália) é produzir um petróleo verde que permita evitar a emissão de gases de efeito estufa, criar produtos biodegradáveis e ainda relançar patentes italianas no mundo. Essa empresa nasceu de um centro de pesquisa da Montedison que, em 10 anos, conseguiu 40 milhões de euros (1 euro ~2,8 reais) em negócios (50% de exportação), correspondentes a um crescimento de 20% ao ano. A empresa Novamont firmou um acordo com a Coldiretti (associação que reagrupa as principais empresas agrícolas italianas), a fim de passar de uma lógica de produto a uma lógica de cadeia, isto é, o domínio de todo o ciclo, da cultura dos campos até a obtenção do produto acabado.

A Novamont espera, assim, dentro de alguns meses, iniciar a substituição dos sacos plásticos tradicionais. A primeira fase dessa estratégia é o nascimento de uma biorrefinaria, a ser construída nas instalações da empresa em Terni, Úmbria (Itália).

"Fizemos um investimento de 100 milhões de euros e, em um ano, triplicaremos a produção atual de 20 mil toneladas de plástico biodegradável", diz Catia Bastioli, diretora geral de Novamont.

Acrescenta, ainda, "não ser apenas uma questão econômica. A idéia de que uma indústria compre suas matérias-primas no mercado, considerando somente o preço, não se adequa às novas normas ambientais. É por isso que assinamos um acordo com os agricultores, a fim de construir instalações próximas dos estabelecimentos de distribuição: este aspecto é para nós fundamental porque, atualmente, é importante levar em consideração o custo de consumo total, ligado ao impacto sobre o meio ambiente causado pelo transporte à longa distância".



Biorrefinaria para a produção de bioplásticos, Úmbria, Itália.

Créditos: Polimerica


A utilização em massa de produtos agrícolas com finalidades energéticas é atualmente objeto de numerosas críticas, porque cada hectare que lhe é consagrado representa outro tanto de espaço cultivável a menos para a produção alimentar. Contudo, o projeto Novamont-Coldiretti utiliza 800 mil hectares não explorados para obter mais de um milhão e meio de toneladas de bioplástico. O consumo anual, na Itália, de sacos tradicionais é de 300 mil toneladas, sendo que o consumo total de plástico é de 7 milhões de toneladas.

A substituição no mercado do plástico clássico pelo bioplástico da Novamont permitirá, assim, uma economia de energia de aproximadamente 200 mil toneladas de óleo diesel por ano, evitando-se, portanto, a emissão de 400 mil toneladas de gás carbônico.

Atualmente, um saco feito com plástico biodegradável tem um custo de produção equivalente a 9 centésimos de euro (1 euro ~2,8 reais), contra os 5 centésimos de euro de um saco tradicional. Contudo, o preço do bioplástico tenderá a baixar, graças à sua industrialização em grande escala. Por outro lado, o bioplástico apresenta duas vantagens ambientais: a redução da emissão de gás carbônico e uma economia significativa em termos de transporte. De fato, o lixo orgânico perde água, o que reduz seu peso de 20 a 50%.

"Uma indústria italiana inovadora em um setor assim tão competitivo é algo muito bom", comenta Francesco Ferrante, da Legambiente (importante associação ambientalista italiana). "A retomada econômica e o ganho ambiental é particularmente interessante".

Liberar os bosques e as praias de sacos plásticos relançando o emprego e sustentando as patentes italianas são os três objetivos da Lei de Financiamento 2007, do governo italiano, aprovada pela Comissão do Meio Ambiente, que previu, para 1°. de janeiro de 2010, a utilização generalizada de sacos plásticos degradáveis.

La Repubblica (http://www.repubblica.it/), consultado em 06 de janeiro de 2007 (Tradução - MIA).


Nota do Managing Editor: a ilustração não consta da matéria-fonte e foi obtida em www.google.com.


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