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NOVIDADES
Previsto para entrar em operação em 2012 e atualmente no início do projeto básico, no qual está inserido o processo de Licenciamento Ambiental, o Comperj (Brasil) é fruto da parceria da Petrobrás com o Grupo Ultra e o BNDES. O Complexo terá capacidade para processar 150 mil barris/dia de óleo pesado nacional. Em uma mesma planta industrial, sua estrutura será formada por uma Unidade de Refino de 1ª geração (Unidade Petroquímica Básica - UPB) para produção de petroquímicos básicos, como eteno (1,3 milhão de toneladas/ano), propeno (880 mil toneladas/ano), benzeno (600 mil toneladas/ano) e paraxileno (700 mil toneladas/ano), além de um conjunto de unidades de 2ª geração (Unidades Petroquímicas Associadas - UPAs) que vai transformar esses produtos básicos em produtos petroquímicos como estireno (500 mil toneladas/ano), etilenoglicol (600 mil toneladas/ano), polietilenos (800 mil toneladas/ano), polipropileno (850 mil toneladas/ano) e PTA/PET (500 mil/600 mil toneladas/ano). Haverá ainda uma Central de Utilidades (UTIL), responsável pelo fornecimento de água, vapor e energia elétrica necessários para a operação de todo o Complexo. Já as indústrias de 3ª geração, que serão atraídas pelo Complexo e devem se instalar nos municípios vizinhos e ao longo do Arco Rodoviário, que ligará Itaboraí ao Porto de Itaguaí, serão responsáveis por transformar esses produtos petroquímicos em bens de consumo, tais como: copos e sacos plásticos, além de componentes para as indústrias montadoras de automóveis e linha branca como eletrodomésticos. Estima-se que o Comperj vai gerar um total de mais de 200 mil empregos diretos, indiretos e por "efeito-renda", durante os cinco anos da obra e após a entrada em operação; todos em escala nacional. Para atender a essa demanda, a Petrobrás, em parceria com as prefeituras, vai implantar Centros de Integração em todos os municípios do entorno do Complexo Petroquímico (Itaboraí, São Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Niterói, Maricá, Magé, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá). O objetivo é capacitar cerca de 30 mil profissionais da região, em 78 tipos de cursos gratuitos. Desse total, 78% serão em nível básico, 21% em nível técnico e 1% em nível superior. A decisão de implantar o Complexo no Rio de Janeiro foi fundamentada em estudos preliminares dos aspectos técnicos, econômicos, ambientais e sociais, de modo a permitir a viabilidade do empreendimento ao longo dos anos. A existência de área disponível para uma já prevista expansão do Complexo, após cinco anos da entrada em operação, também foi um dos fatores condicionantes para essa escolha. Novas tecnologias de craqueamento catalítico fluido - Usina Petrobrás RECAP. Créditos: Petroquímica
Esse processo tecnológico permite obter grandes volumes de propeno, eteno e aromáticos, que são matérias-primas petroquímicas, ao contrário do que acontece em uma refinaria convencional, em que são produzidos grandes volumes de gasolina, diesel e GLP. O FCC Petroquímico é uma tecnologia própria, assim como foi a de produção em águas profundas. Nenhuma outra empresa do mundo detém essa tecnologia. Como o Brasil possui petróleo pesado em abundância, há muito tempo a Petrobrás aumenta a pesquisa nessa área. Para isso, foram feitos testes de produção industrial nas refinarias, no Cenpes e no Parque Tecnológico da SIX, em Mateus do Sul, no Paraná. O Comperj está sendo projetado e será construído com tecnologias avançadas, criadas pela Petrobrás, como é o caso do FCC Petroquímico, ou que preencham suas especificações de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), que superam os rigorosos padrões ambientais brasileiros. Como premissa, o projeto fará o reuso e a recirculação da água utilizada no Complexo, além do desenvolvimento de um conjunto de soluções tecnológicas redutoras do consumo de água e geração de efluentes. Abifina, Janeiro de 2007. Nota do Managing Editor: este texto foi primeiramente publicado na Revista Facto, da ABIFINA - Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e Suas Especialidades, Ano I - Nov./Dez.- 2006, no. 4, pág. 15 (www.abifina.org.br). A ilustração, obtida em www.google.com, não faz parte do matéria original. |
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