A montagem controlada e a reunião de objetos de tamanho nanométrico são dois dos desafios científicos e tecnológicos mais difíceis de realizar, dado que as técnicas atuais não permitem manipular simultaneamente grandes quantidades de nano objetos, o que é um forte entrave à sua integração em dispositivos.

Um grupo de pesquisadores do Institute for Nanotechnology, da Northwestern University, Illinois (EUA), desenvolveu recentemente um método de agregação que permite posicionar e dar forma a nanotubos de carbono de parede única, depositando-os por litografia dip-pen (método de escrita direta que utiliza a ponta de prova de um Microscópio de Força Atômica) para definir padrões sobre uma superfície.

Os pesquisadores conseguiram produzir padrões em forma de anéis constituídos de nanotubos de carbono de parede única, depositados por litografia dip-pen na fronteira entre duas zonas, respectivamente hidrofílica e hidrofóbica.

A zona hidrofílica é constituída por uma monocamada de um ácido carboxílico que foi gravado em forma de discos, enquanto a zona hidrofóbica que circunda esses motivos é uma monocamada passivadora de octadecanotiol. Dessa forma, puderam ser obtidos anéis de 100 nm de diâmetro.

Símbolo olímpico montado com nanotubos.

Créditos: American Chemical Society

A limitação observada para realizar diâmetros inferiores foi analisada teoricamente. Para interpretar os resultados, os pesquisadores desenvolveram um modelo comparando a energia de deformação dos nanotubos àquela das interações de Van der Waals que se exercem sobre as paredes dos nanotubos.

InfoHighTech (www.infohightech.com), consultado em 10 de março de 2007 (Tradução-MIA).

Notas:

do Managing Editor: os resultados desta nota, de autoria de Shengli Zou, Daniel Maspoch, Yuhuang Wang, Chad A. Mirkin e George C. Schatz, de título "Rings of Single-Walled Carbon Nanotubes: Molecular-Template Directed Assembly and Monte Carlo Modeling", foram publicados na revista Nano Letters, volume 7, número 2, páginas 276-280, de 2007 (DOI: 10.1021/nl062258e).

do Scientific Editor: há, atualmente, um grande conjunto de diferentes técnicas denominadas litografia. Por exemplo, aquela realizada pela ponta de um microscópio de força atômica (AFM), usada como "caneta". Trata-se de uma ponta revestida por um fino filme de moléculas, por exemplo, de tiol. À medida que a ponta se vai movimentando, as moléculas migram dela para a superfície, formando um padrão nanoscópico na mesma. Este tipo de litografia é conhecido como dip-pen lithography.

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