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NOVIDADES
Quer invocado em latim, Eolus, quer em grego, Aeolos, a verdade é que o Deus dos Ventos nunca foi tão lembrado! O mundo necessita, com urgência, de energias renováveis, e a oriunda da ação do vento é, com certeza, bem-vinda. Mas, e quando não há vento, quando não está ventando... o que fazer para que os "moinhos modernos" forneçam corrente? Que tal estocar energia para ser distribuída conforme as necessidades? É com base nesse conceito, utilizando ar comprimido, que nos Estados Unidos uma empresa vem trabalhando. Lembremo-nos do esquema clássico de funcionamento dos moinhos: transformam a energia do vento com a ajuda de um gerador, encarregado de enviar a eletricidade para a rede de alimentação geral. Simples assim? Sim! Se não o é para você, não se pode dizer o mesmo para a empresa General Compression, que teve a idéia de colocar na parte superior do moinho de vento um compressor de ar. Acionado pelas pás do moinho, o compressor envia ar comprimido para uma zona de estocagem subterrânea, uma cavidade natural, um "jazigo" de gás exaurido ou mesmo para simples canalizações. Pronto. O ar está estocado! Só será liberado por um gerador, em caso de necessidade, mesmo que os moinhos não estejam em ação. "Cata-vento" para energia eólica, da General Compression. Créditos: General Compression.
Michael Marcus, CEO da General Compression, diz que "o problema com o vento é a intermitência", logo, "ele não pode ser vendido a um preço elevado aos distribuidores de eletricidade, porque ele não é previsível. Em compensação, pode-se conseguir um menor preço se estiver disponível sob encomenda". À guisa de exemplo: se o vento começa a soprar às 23 horas, uma "fazenda eólica" poderá estocar a energia produzida durante a noite, para redistribuí-la no mercado no dia seguinte, no momento em que a demanda for mais importante. No mundo, atualmente, conta-se com dois sítios de estocagem de ar, a partir da energia do vento. Um deles fica na Alemanha, o outro, nos Estados Unidos. No estado de Iowa encontra-se em desenvolvimento um outro, que deverá entrar em funcionamento em 2011. O responsável pelo Projeto, Kent Holst, diz que o mais difícil foi encontrar uma estrutura geológica disponível, uma vez que várias já foram utilizadas para estocar gás natural. Essa, aliás, é uma das dificuldades que a General Compression deverá ultrapassar para dar continuidade a seu negócio, dado que várias zonas, tais como as das minas desativadas, poderiam ser requisitadas para outras necessidades. Uma alternativa pensável seriam os cilindros de grande diâmetro, atualmente utilizados para o transporte de gás. Sua capacidade de estocagem permitiria estocar o correspondente a 6-12 horas de produção de energia eólica, segundo seu tamanho e seu diâmetro. Eolus, abordado num momento de ventos favoráveis, atendeu às invocações da General Compression, tanto que, após ter desenvolvido um protótipo, a empresa está atrás de apoio financeiro, uma vez que, agora, quer produzir uma versão em grande escala, que pensa colocar em funcionamento no fim de 2007. General Compression (http://www.generalcompression.com), consultado em 08 de abril, 2007 (Tradução/Texto - MIA). |
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