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NOVIDADES
Nas próximas décadas, dentre as fontes de energia mais promissoras, sem sombra de dúvida está o hidrogênio. Não obstante, uma questão se coloca antes que possamos utilizar esse elemento como combustível: como estocá-lo e transportá-lo de modo eficiente? Atualmente, os reservatórios utilizados com tais finalidades deixam a desejar, são pouco performantes. Quando muito, a quantidade de hidrogênio que conseguem estocar não ultrapassa senão 5% a 6% da massa total. Convenhamos: é muito pouco! No momento, tratam-se de sistemas de estocagem sob forma de gás comprimido, gás líquido, formas híbridas ou metal-híbridas e, enfim, por absorção em zeólitos. Que tal se as nanotecnologias viessem dar uma mãozinha para resolver esse problema? Afinal, há vários anos são estudadas as propriedades de absorção de gases por diferentes nanoestruturas de carbono - nanotubos, nanocones e nanofibras. A quantidade de hidrogênio absorvida por estas nanoestruturas depende de suas propriedades físicas, é certo, mas igualmente dependem das condições de pressão e de temperatura. Poder estocar o hidrogênio a baixas pressões é uma das principais vantagens destes compostos. Em teoria, dessa maneira eles podem estocar 5% a 10% de hidrogênio, à temperatura de 77 graus Kelvin (seja - 196o C, a temperatura de ebulição do nitrogênio). Representação da molécula de fulereno. Créditos: J. H. G. Owen
Sintetizando fulerenos com 20, 60, 80, 180, 240 e 540 carbonos, compararam a capacidade de absorção do hidrogênio entre eles e com nanofeixes de 46 a 505 carbonos, em condições variáveis de pressão e temperatura. O passo dado pelos pesquisadores foi dos grandes: conseguiram não apenas caracterizar a influência termodinâmica desses parâmetros sobre a absorção do hidrogênio por suas "nanoconstruções", mas também indicar quais parâmetros permitem uma estocagem estável do hidrogênio. Assim, para uma temperatura de 60 graus Kelvin e uma pressão de 10 Mpa, a absorção alcançou os 13,61%! Ainda mais promissores, os nanofeixes de carbono, ao assumirem o formato de fulerenos, apresentam muito mais asperezas, o que leva a um aumento dos valores de absorção atuais. Chemistry News, April 3, 2007 (Tradução/Texto - MIA). Nota do Managing Editor: a ilustração que figura nesta notícia não faz parte da matéria original e foi obtida em www.google.com. Veja mais: Mais uma sobre os fulerenos: medicamento contra câncer e AIDS. Fulerenos garantem síntese de amoníaco mais barata. |
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