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NOVIDADES
Na Alemanha, pesquisadores mostram que a lava vulcânica pode ser utilizada como um catalisador eficaz na primeira etapa de produção de nanotubos e nanofibras de carbono. O resultado não é assim tão surpreendente quanto parece: a rocha vulcânica é extremamente porosa e contém naturalmente grandes quantidades de partículas de óxido de ferro que é necessário para sintetizar nanomateriais de carbono. Em Berlim, no Instituto de Fritz-Haber, Dang Sheng Su e seus colegas encontraram um novo modo, barato, de produzir nanomateriais de carbono, fazendo uso de rochas vulcânicas do Etna (vulcão ativo, situado na parte oriental da Sicília, Itália) como catalisador. Os pesquisadores explicam que as partículas de óxido de ferro, naturalmente presentes na lava, são um catalisador eficiente e que sua técnica poderá provavelmente abrir caminho para um método mais eficaz de produção de nanopartículas. Su e seus colaboradores reduzem a rocha a pó e a aquecem a 700oC sob atmosfera de hidrogênio. A seguir, passam uma mistura de hidrogênio e de etileno sobre o pó. As partículas de ferro catalisam a decomposição do etileno em carbono elementar, que é depositado sobre a rocha sob forma de nanotubos e de fibras. A nova técnica apresenta muitas vantagens. Inicialmente, o catalisador (a rocha vulcânica) é produzido em grandes quantidades, sendo, assim, barato. Além disso, o processo funciona sem nenhuma etapa química úmida, simplificando, portanto, o processo de produção. Lavas do vulcão Etna deslizando pelas encostas da montanha. Estas lavas, depois de frias e transformadas em pó, funcionaram como catalisadores na produção de nanotubos e nanofibras de carbono. Créditos: Tom Pfeiffer
Spectroscience, 11 mai, 2007 (Tradução - MIA). Nota do Managing Editor: a ilustração aqui apresentada não consta da notícia original e foi obtida em www.google.com. Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia: "Natural Lavas as Catalysts for Efficient Production of Carbon Nanotubes and Nanofibers", de autoria de Dang Sheng Su and Xiao-Wei Chen, foi publicado na revista Angewandte Chemie International Edition, volume 46, número 11, págs. 1823-1824, em 2007. |
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