|
NOVIDADES
O Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, unidade técnico-científica da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco (Nordeste do Brasil), iniciará em junho a segunda fase da vacina terapêutica contra a aids. Segundo o pesquisador Luiz Cláudio Arraes, da Fiocruz de Pernambuco, estão disponíveis para o projeto R$ 2 milhões, obtidos junto ao Ministério da Saúde e à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A primeira etapa do projeto, cujo resultado foi apresentado em 2004, reduziu em até 80% a presença do HIV (vírus da imunodeficiência humana, causador da aids) em brasileiros infectados. Durante três anos, 18 pacientes soropositivos submeteram-se a testes com a vacina, em Recife. Arraes informou que na nova etapa, o objetivo é melhorar a padronização das doses e seu escalonamento, de modo a identificar os efeitos dose-dependentes e aumentar a potência do tratamento. A Fiocruz tentará identificar qual a melhor dose para os cerca de 40 pacientes voluntários brasileiros que ainda não iniciaram nenhum tipo de tratamento, ou seja, que não tomaram os medicamentos do coquetel antiaids. A vacina será testada também em três pacientes soropositivos estrangeiros (um belga, um francês e um norte-americano) que se inscreveram para participar do projeto no Brasil. O processo toma por base as células que não deixam o vírus se esconder, que são as melhores células apresentadoras do vírus para o sistema imunológico. A célula é tomada bem jovem, antes do vírus destruí-la, e amadurece fora do corpo humano, dentro do laboratório, explicou Arraes. Representação do vírus HIV. Créditos: BioQuest
Na segunda, que começa em junho, o projeto tem apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de São Paulo (USP), além do Centro Aggeu Magalhães. Cada unidade receberá R$ 700 mil para as pesquisas. Esses recursos vão se somar à verba destinada ao projeto pelo Ministério da Saúde e Unesco. Na primeira fase, os testes provaram que o vírus diminui a resistência nas pessoas vacinadas. Isso significa que pessoas que se mostram hiper-resistentes à doença poderão ter uma nova chance de tratamento. Segundo Arraes, o vírus selvagem, que é o vírus que responde melhor ao remédio, está mais presente depois das vacinas do que antes. Agência CT (http://agenciact.mct.gov.br/), 04 de maio de 2007. Nota do Managing Editor: a ilustração aqui apresentada não consta da notícia original e foi obtida em www.google.com. |
© 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br
sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco