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Nanotecnologia movimentará US$ 1 trilhão até 2015, diz pesquisador da Unicamp.

Transformar materiais em estruturas pequenas e mais resistentes do tamanho da bilionésima parte do metro - a nanotecnologia - poderá ser uma das áreas mais rentáveis da ciência mundial, avalia o professor e pesquisador do Instituto de Química da Universidade de Campinas (Unicamp), Oswaldo Luiz Alves.

Alves é responsável pelo estudo sobre nanotecnologia coordenado pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), órgão ligado à Presidência da República. Ele conta que essa ciência passou a ser parte de políticas estratégicas de vários países, sejam eles desenvolvidos ou em desenvolvimento.

"Hoje nós temos cerca de 30 programas nacionais envolvendo a nanotecnologia e grande parte desse interesse vem de previsões de que ela irá movimentar somas da ordem de US$ 1 trilhão para os próximos anos, até aproximadamente 2015".

O pesquisador salienta que o Brasil tem oportunidades nessa área, porque há algum tempo vem trabalhando com nanomateriais e a pesquisa recebe vários incentivos do governo. "Se tivermos políticas bem direcionadas, poderemos usar todo esse potencial de conhecimento e transferi-lo para o setor produtivo".





O chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), da Presidência da República, Oswaldo Oliva Neto, diz que o Brasil precisa avançar nos estudos sobre nanotecnologia para não ficar fora do setor.

Créditos: Marcello Casal/Abr


De acordo com a pesquisa do NAE, o país já tem boas condições para destacar-se no cenário internacional de nanoprodutos, mas é preciso considerar aspectos estratégicos urgentes. Entre eles, estabelecer um marco regulatório para a atividade, promover maior interação das empresas com os centros de pesquisa, criar linhas especiais de crédito para empresas em que os centros de pesquisa estejam comprometidos com estudos de nanotecnologia, estimular a indústria e considerar setores em que o Brasil poderia dedicar-se mais, como fármacos, energia, biomedicina e eletrônica.

Para o pesquisador, o diálogo com o setor produtivo tem aumentado progressivamente, mas está longe de ser o ideal. "É preciso ter encontros entre acadêmicos e empresários e fóruns comuns para essas discussões. Na nanotecnologia a cumplicidade precisa começar desde o projeto de pesquisa, o desenvolvimento do conhecimento e da aplicação, tudo junto com a empresa", disse.

Para que se tenha uma idéia do potencial da nanotecnologia, o pesquisador cita algumas itens que usam essa ciência e já estão no mercado: o iPod (um miniprocessador de música e dados); protetores solares; a "língua eletrônica", um sensor gustativo desenvolvido pela Embrapa que permite avaliação de alimentos e bebidas (importante para o agronegócio) e alguns tecidos bactericidas que inibem odores ou que podem ser usados em lesões, evitando infecções.

O estudo mostrou também que a formação e a fixação de pessoas na área de nanotecnologia deve estar amparada em programas de incentivo voltados para as unidades acadêmicas - graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Alves salientou que, no Brasil, existem profissionais preparados para essa nova tecnologia e outros estão em formação.

O pesquisador Oswaldo Alves lembrou a importância do marco regulatório para o estabelecimento dessa indústria. Ele disse que todas as tecnologias envolvem riscos, que podem ser diminuídos com pesquisa. "Nós precisamos conhecer todas as implicações da nanotecnologia para o ser humano, para o meio ambiente, sem contar as questões éticas", diz Alves.

De acordo com o estudo, os países mais avançados na atividade são Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá, Suíça, Suécia e Espanha. O Brasil, ao lado de China, Índia, Austrália, Coréia do Sul, Cingapura, Israel e México, são consideradas nações com potencial significativo.

Agência Brasil, Radiobrás, 12 de maio de 2007.


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