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NOVIDADES
Os projetos e produtos de materiais misturados a nanopartículas, caso das resinas plásticas que ganham inteligência ou resistência com esta tecnologia, já não dependem mais de nenhuma importação. Pequenas empresas com tecnologia de ponta estão saindo de centros universitários brasileiros e já produzem nanopartículas de cerâmica, hoje as mais usadas, e partem para a produção destes microprodutos também de metais nobres. É o caso da Nanox, que nasceu na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Neto (Unesp) e hoje inicia contatos com grandes petroquímicas do País, como a Petrobras, Braskem e Suzano. "O Congresso Brasileiro de Inovação na indústria, promovido pela CNI, nos proporcionou a possibilidade de contato com empresas que desconheciam o nosso trabalho. O desafio agora é mostrar-lhes a vantagem de comprar sua matéria-prima no mercado local", disse André Luiz de Araújo, sócio-diretor da Nanox. Segundo ele, a demanda por produtos feitos a partir de materiais misturados a nanopartículas tem crescido em todas as frentes: tubulações, tanques, vestuários. "Hoje, a exportação de álcool tem forte demanda por tanques com material especial, que evita a contaminação por fungos, o que é possível graças à nanotecnologia", diz. Nanopartículas já estão sendo usadas nas indústrias brasileiras. Créditos: Tuebingen
A avaliação é do professor Fernando Galembeck, da Universidade de Campinas (Unicamp). "O crescimento previsto de alguns mercados em nanotecnologia é muito superior ao de outros mercados, como computação e telefonia", disse. Como exemplo, mostra áreas com o destaque dos polímeros químicos, que têm taxa de crescimento de 56°/o ao ano. Hoje, nenhuma das grandes petroquímicas brasileiras que atuam no País está fora da pesquisa em nanotecnologia, caso de Braskem, Suzano, Ipiranga, Oxiteno e Triunfo. A Braskem, que obteve a primeira patente de nanocomposto no País, possui um Centro de Tecnologia com ativos avaliados em aproximadamente R$ 320 milhões. A empresa planeja ter capacidade de produzir 10 mil toneladas de resina plástica de polipropileno (PP) com nanocompósitos este ano. A Suzano Petroquímica já anunciou ao mercado suas resinas de polipropileno com nanopartículas de prata, capazes de dar propriedades incomuns aos materiais. A empresa investe 1,5% de seu faturamento total em pesquisa e desenvolvimento. Em seu Centro de Tecnologia já foram investidos até hoje um total de US$ 2,0 milhões. As empresas trabalham com a possibilidade de exportar estes novos materiais de forma indireta, já que atendem a setores globalizados, como é o caso das indústrias automobilística e de eletroeletrônicos. Nota do Managing Editor: esta matéria foi primeiramente veiculada no jornal Gazeta Mercantil (www.investnews.net), São Paulo, de 23 de maio de 2007. A ilustração aqui apresentada não fez parte da matéria original, tendo sido obtida em www.google.com. Nota do Scientific Editor: o II Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria foi realizado na cidade de São Paulo, de 23 a 25 de abril. Veja no site do evento (www.cni.org.br/inovacao) as apresentações dos palestrantes, artigos e publicações sobre o tema Inovação e o documento com as conclusões do congresso "Propostas para acelerar o desenvolvimento tecnológico". |
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