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NOVIDADES
Após seus grandes sucessos em matéria de serviços, tais como o Google Maps ("faz pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite da Terra, gratuitamente, na Web") e o Google Earth ("combinação de sofisticados recursos de pesquisa Google com imagens de satélite, mapas, terrenos e edificações, em 3D, colocando informações geográficas do mundo todo à disposição"), o Google - o mais célebre dos motores de busca - testa um novo serviço: o Armazenamento de Dados Médicos. Trata-se de um projeto-piloto que diz respeito a 1500 - 10000 pacientes da Cleveland Clinic (EUA). O princípio desse sistema é permitir aos voluntários que consultem seus dados médicos pessoais, via espaço privado no Google. Logo do Google
Evidentemente, o Google não é a única empresa a ter pensado no mercado de gestão de dados médicos, mercado que representa fortes interesses. De um lado, os pacientes se sentem mais e mais interessados em sua saúde e implicados nas escolhas ligadas a esta, e, de outro, os médicos têm forte interesse em poder aceder mais facilmente aos dados médicos de seus pacientes, a fim de otimizar o tratamento dos mesmos. Assim, a Microsoft lançou no ano passado um sistema que propõe ferramentas para gerir seus antecedentes médicos, mas que mais se aproxima de um software. O AOL lançou um site na Internet: Revolution Health, que mais se parece com um site de trocas de informações sobre saúde, comparável ao Doctissimo, que opera na França. O Google propôs, agora, o primeiro sistema de gestão on-line, que mesclará a pesquisa na Internet com dados pessoais. Esse aspecto, destinado a mostrar o mais-valor do novo serviço do Google, é também seu principal ponto fraco. De fato, cada vez mais e mais pessoas acusam a Google de já ter muito poder e de possuir muitas informações confidenciais sobre seus usuários. Acrescente-se a isso a posse de dados médicos, confidenciais, em um sistema no qual a gestão da saúde é delegada a empresas privadas. Isso poderá se revelar perigoso! Mas o Google tem sempre desejado se mostrar irrepreensível e inatacável em relação a tais críticas, porque seu sucesso é essencialmente baseado na confiança do usuário. Assim, o motor de busca afirma apagar todas as solicitações a cada 18 meses, e soube mostrar seu respeito à vida privada, recusando a solicitação de uma corte de justiça, há 2 anos, que lhe pedia para escanear as solicitações de usuários. Resta, no entanto, um problema legal a ser resolvido: uma lei amaricana de 1996, a HIPPA (Health Insurance Portability and Accountability Act) que protege, entre outras, a confidencialidade das informações médicas. Confiar suas informações médicas a uma empresa de motor de busca as faz sair da lei e as torna acessíveis às autoridades ou a empresas comerciais. A gestão de dados pessoais médicos está, ainda, em fase piloto. Para a Google, não está previsto o lançamento da versão final do programa. De fato, numerosos problemas éticos e legais continuam não resolvidos, e o "modelo de negócio" desse projeto está ainda indefinido. BE USA, consultado em 03 de março, 2008 (Tradução - MIA). |
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