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NOVIDADES
Não se trata de Science Fiction, mas do fruto de uma química muito flexível e promissora que desenvolve a equipe de Ludwik Leibler, do Laboratoire Matière Molle et Chimie (CNRS/École Supérieure de Physique e de Chimie Industrielles de Paris) e cujos trabalhos, realizados no âmbito de uma colaboração estreita com a empresa química Arkema, foram recentemente publicados na revista Nature. A partir de um sistema de pequenas moléculas de ácidos graxos di e trifuncionais facilmente disponíveis, associadas astuciosamente em uma rede, os pesquisadores conseguiram criar um material com propriedades emborrachantes capazes de se auto-reparar. De fato, embora tais borrachas supramoleculares não sejam adesivas, após o corte suas superfícies se "recolam". Basta colocá-las em contato, sem que, para isso, seja necessário aquecê-las ou aplicar-lhes forte pressão. Uma vez restaurada, a amostra é novamente capaz de tolerar deformações consideráveis, de 100 a 400%, antes de se romper de novo. O processo pode ser repetido várias vezes. Mais surpreendente ainda: a reparação pode ser efetuada várias horas após o dano. Produtos e materiais baseados em tais trabalhos estão em curso de desenvolvimento na Arkema (http://www.arkema.com). Veja o filme que ilustra as propriedades deste novo material, clicando aqui. Créditos: Ludwik Leibler (École Supérieure de Physique et de Chimie Industrielles de la Ville de Paris (ESCIP). ESCISP (http://www.espci.fr) (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: o artigo que deu origem a esta notícia, intitulado: "Self-healing and thermoreversible rubber from supramolecular assembly", de autoria de P. Cordier, F. Tournilhac, C. Soulié-Ziakovic, and L. Leibler, foi publicado na revista Nature,volume 451, págs. 977-980, em 2008. Nota do Webmaster: caso não tenha o programa Real Player, baixe-o clicando aqui. |
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