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Conforme um relatório publicado no âmbito de projeto sobre as nanotecnologias emergentes (PEN, para Project on Emerging Nanotecnologies), a Europa investe quase o dobro dos Estados Unidos na pesquisa sobre os riscos potenciais que apresentam as nanotecnologias. A Iniciativa Nacional dos Estados Unidos sobre as Nanotecnologias (NNI, para Nanotechnology Initiative) concedeu 13 milhões de dólares aos projetos ligados ao risco, para o ano fiscal de 2006; quanto à Europa, foram concedidos 24 milhões de dólares, no decorrer do mesmo período. O relatório foi redigido pelo PEN, uma iniciativa do Centro Internacional Woodrow Wilson e a fundação Pew Charitable Trusts, duas instituições norte-americanas, e se fundamenta nos dados inscritos no programa de pesquisa da NNI. Segundo a avaliação do PEN, 62 projetos de nanotecnologias financiados pelo governo americano para um montante total de 13 milhões de dólares podem ser considerados como expressamente relativos aos perigos vis-à-vis o meio ambiente, a saúde e a segurança. Por outro lado, o governo norte-americano não concorda nesse ponto. O montante investido em proveito da pesquisa em matéria de perigos ligados às nanotecnologias é, segundo ele, da ordem de 37,7 milhões de dólares. Cordis - Riscos da Nanotecnologia. Créditos: Shutterstock
"Os números do governo americano e os resultados da avaliação do PEN mostram que menos de três por cento dos 1,4 bilhões de dólares do orçamento federal para a pesquisa em nanotecnologia foram destinados à pesquisa sobre o meio ambiente, saúde e segurança", acrescenta M. Maynard. Não obstante, um projeto de lei foi formulado que modificará a estratégia do NNI, a fim de assegurar que um mínimo de 10% dos fundos (150 milhões de dólares) seja destinado à pesquisa sobre os riscos. Em compensação, a União Européia integrou as preocupações ligadas a esses perigos na área da pesquisa em nanotecnologia como parte importante de uma abordagem equilibrada do assunto. "É fundamental ter um nível elevado de saúde pública, de segurança e de proteção do meio ambiente e do consumidor", declarou Janez Potocnik, comissário da UE encarregado da pesquisa, quando de uma conferência em Bruxelas (Bélgica), em abril de 2007. No início desse ano, a Comissão adotou um código de pesquisa responsável no terreno das nanotecnologias, comportando sete princípios gerais destinados a garantir um desenvolvimento sem riscos das nanotecnologias. Esses princípios compreendem principalmente apelos à durabilidade e ao princípio de precaução, assim como a responsabilidade dos pesquisadores e dos órgãos de pesquisa. Por outro lado, o financiamento para a pesquisa em matéria de segurança das nanotecnologias foi prolongado dentro do escopo do sétimo programa-quadro da União Européia (7o PC), enfatizando os dados quantitativos em (eco) toxicologia, bem como sobre o desenvolvimento de testes nano específicos, a exposição e métodos de avaliação de riscos, e as metodologias de análise do ciclo da vida. O 7o PC tornou-se a fonte de financiamento público mais vasta do mundo em matéria de nanotecnologia, com um orçamento total de 3,5 bilhões de euros, ou seja, cerca de 9,1 bilhões de reais. Segundo os experts, daqui a 2014, por volta de 15% da produção total mundial de bens manufaturados (cujo valor sobe a 2,6 trilhões de dólares, ou cerca de 4,7 trilhões de reais) estarão relacionados às nanotecnologias. Cordis News (http://cordis.europa.eu), consultado em 11 de maio, 2008 (Tradução - MIA). Nota do Scientific Editor: para maiores informações sobre o PEN (Project on Emerging Nanotecnologies), veja www.nanotechproject.org/. |
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