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Nanotecnologias : o crescimento desta "bolha" deve ser controlado ?

Os novos produtos de consumo utilizando nanotecnologias não param de chegar ao mercado, a razão de três ou quatro por semana, segundo o primeiro inventário mundial do PEN (Project on Emerging Nanotechnologies). Pode-se, portanto, falar de "bolha" das nanotecnologias, mas para David Rejeski, diretor do PEN, o publico deve ser melhor informado.

Desde março de 2006, o número de produtos "nano" comercializados passou de 219 a 600. Os produtos para saúde e cuidados de saúde, dos quais fazem parte os cremes solares e os cosméticos, são os mais numerosos e representam 60% do total. As outras indústrias estão majoritariamente relacionadas com a eletrônica e computadores pessoais, alimentos, entretenimento, automobilística. À guisa de exemplo, um dos últimos produtos lançados é um dentifrício à base de nanopartículas de peróxido de cálcio. Na indústria automobilística, pode-se citar como exemplo o Hummer H2, cuja pintura, o painel de controle e as barras de proteção contêm nanocompósitos e nanomateriais. No inventário do PEN, o elemento mais utilizado nos produtos comerciais é a prata, em 20% dos produtos. O carbono (incluindo, é claro, os nanotubos de carbono e os fulerenos) é o segundo material mais utilizado. O zinco (na forma de óxido de zinco), o titânio (como dióxido de titânio) o silício e o ouro são os outros materiais principalmente utilizados.





Hummer H2 - General Motors: várias partes utilizam nanotecnologia.

Créditos: Motortrend



Quando se estima que o mercado das nanotecnologias atingirá 2,6 trilhões de dólares até 2014, David Rejeski chama a atenção para a percepção do público para com os riscos que elas comportam. A maioria dos americanos (e isso vale para outros países) não sabe nada, ou quase nada, com relação a essas tecnologias, e sem uma boa comunicação e uma informação acessível, terão naturalmente tendência a aderir ao partido do "no nano". Ora, sem o apoio dos consumidores, a economia ligada a esse mercado em pleno crescimento não poderá ir em frente e a bolha se arrisca a explodir.

Um novo apelo é lançado ao governo para aumentar o orçamento consagrado ao estudo das dimensões sociais e riscos das nanotecnologias, que, atualmente, é duas vezes menos importante nos Estados Unidos que na Europa.

Entretanto, é importante desmistificar esse mercado, tomando cuidado de não confundir as nanotecnologias "evolucionárias" - que melhoram produtos ou processos existentes, inserindo nos mesmos componentes menores, ou ainda explorando as possibilidades oferecidas pela matéria em escala nanométrica - e as nanotecnologias "revolucionárias" que visam fabricar, átomo por átomo ou molécula por molécula, sistemas, ferramentas e produtos. Estas últimas, visionárias e ainda hipotéticas, não abrem ainda nenhuma perspectiva financeira. Em compensação, são as primeiras que constituem hoje o essencial do mercado das nano, e são grandemente utilizadas por empresas tais como a L'Oréal, Toshiba, BMW, Nokia ou Bayer.

PEN (www.nanotechproject.org), consultado em 24 de maio de 2008 (Tradução/Texto - MIA).


Assuntos Conexos:

Percepção dos americanos sobre as nanotecnologias.

Riscos potenciais ligados às nanotecnologias: financiamentos para pesquisa, Europa está na frente dos Estados Unidos.

Lançamento de uma consulta sobre o "Responsible NanoCode", um código de conduta para as empresas que atuam em Nanotecnologia.


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