Pesquisadores do Laboratório de Sensores Químicos da Universidade Estadual de São Petersburgo (Rússia) desenvolveram uma "língua eletrônica" que permite testar o sabor dos alimentos. Trata-se de uma tecnologia capaz, por exemplo, no caso do tomate que foi testado, de determinar sua variedade, bem como várias de suas qualidades gustativas, sem qualquer preparação anterior de amostra.

A "língua eletrônica" é um sistema composto de um grande número de sensores não específicos, mas tendo uma atividade cruzada, destinada a analisar soluções complexas. Cada sensor reage a todos os componentes da mistura analisada, mas em diferentes graus, segundo os componentes. Um algoritmo particular permite, em função dos resultados das medidas, criar uma "imagem" do objeto analisado e comparar esta com uma imagem padrão, cujas características são conhecidas anteriormente. Trata-se da determinação, não de uma substância concreta, mas de uma seleção de substâncias que formam o sabor. O termo "língua" é perfeitamente justificável, porque o aparelho, assim como o homem, opera um conhecimento global, sem distinguir o aporte de cada um dos diferentes ingredientes que formam o gosto do produto.

Uma das línguas eletrônicas que participaram do concurso para classificação dos tomates belgas.

Créditos: Flandria

Essa orientação da química analítica conhece nesses últimos anos um desenvolvimento particularmente intensivo. O objetivo é a identificação do sabor dos produtos alimentares, porque um bom método, que faça uso de um aparelho, é sempre menos oneroso, mais rápido e mais confiável do que recorrer a degustadores.

Os pesquisadores russos, aliás, venceram uma espécie de jogo organizado pela Universidade Católica de Louvain (Bélgica) frente à empresa Alpha MOS (Toulouse, França) que já comercializa esse tipo de material. A disputa consistiu na análise da variedade e gosto de tomates produzidos na Bélgica.

Ria Novosti (http://fr.rian.ru/), consultado em 23 de julho de 2008 (Tradução - MIA).

Nota do Managing Editor: o equipamento mostrado na ilustração não faz parte da matéria original e foi obtido em http://www.flandria.vlam.be/.

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