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Vitrais da Idade Média funcionavam como purificadores de ar.

O professor Zhu Huai Yong disse que os vidraceiros medievais foram os primeiros nanotecnólogos, produzindo cores com nanopartículas de ouro de diferentes tamanhos. Zhu disse que inúmeros vitrais de igrejas pela Europa foram decorados com vidro colorido por meio de nanopartículas de ouro.


"Por séculos as pessoas apreciaram apenas os belos trabalhos de arte, e a longa duração das cores, mas elas não percebiam que esses trabalhos também eram, em linguagem moderna, purificadores de ar fotocatalíticos, com catálise de ouro nanoestruturado", disse.





O professor Zhu Huai Yong fala do papel das nanopartículas de ouro nos vitrais.

Créditos: Estadão



Ele afirmou que pequenas partículas de ouro, energizadas pelo Sol, eram capazes de destruir poluentes do ar como produtos orgânicos voláteis, que podem muitas vezes vir de móveis, tapetes e tintas.

"Esses produtos criam o "cheiro de novo" à medida que são liberados das paredes e dos móveis, mas eles, como o metanol e o monóxido de carbono, não são bons para a saúde, mesmo em pequenas quantidades", disse.

"O ouro, quando em partículas muito pequenas, fica muito ativo sob a luz do sol, quebrando as moléculas poluentes do ar." O professor explicou que o subproduto dessa reação é o dióxido de carbono, comparativamente mais seguro, principalmente em pequenas quantidades.

Ele ainda acrescentou que o uso de nanopartículas de ouro abre muitas possibilidades para a pesquisa científica. "Se essa tecnologia puder ser aplicada para produzir produtos químicos especialmente desenvolvidos para trabalhar na temperatura ambiente, há possibilidade de mudanças econômicas e ecológicas significativas", acredita.


Nota do Managing Editor: este texto foi primeiramente veiculado no site (http://www.estadao.com.br/), em 21 de agosto de 2008.


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