Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Células-tronco made in Brazil.

Após quase dois anos de trabalho, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) produziram a primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias humanas. No final de setembro chegaram ao laboratório da geneticista Lygia da Veiga Pereira os resultados de testes mostrando que as células cultivadas por ela eram de fato pluripotentes, ou seja, matinham-se capazes de se dividir indefinidamente e originar células de diferentes tecidos do corpo - como pele, músculos e neurônios.

Lygia e a bióloga Ana Maria Fraga obtiveram essas células-tronco a partir de um embrião que estava congelado havia mais de três anos, como exige a legislação brasileira, e foi doado por uma clínica de fertilização in vitro com autorização dos pais. Para chegar a essa linhagem batizada de BR-1, no entanto, foi preciso descongelar cerca de 250 embriões, dos quais apenas 35 se desenvolveram até o quinto dia, estágio em que as células são extraídas.





Neurônio obtido a partir de célula-tronco embrionária.

Créditos: Ana Maria Fraga.


É um passo importante para a ciência nacional que ocorre dez anos depois de James Thomson, da Universidade de Wisconsin em Madison, nos Estados Unidos, ter criado a primeira linhagem de células-tronco extraídas de embriões humanos. "Esse resultado nos dá autonomia", afirma o biólogo Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que trabalha com Lygia. "A partir de agora os pesquisadores brasileiros não dependerão apenas de células importadas para trabalhar".

O trabalho de Lygia e Rehen correu risco de ser paralisado até maio passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente a ação que contestava o uso de células-tronco embrionárias em pesquisa.


Nota do Manging Editor: esta matéria foi primeiramente veiculada na Edição Online, da revista Pesquisa FAPESP, de 01 de outubro de 2008.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco