|
NOVIDADES
Após quase dois anos de trabalho, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) produziram a primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias humanas. No final de setembro chegaram ao laboratório da geneticista Lygia da Veiga Pereira os resultados de testes mostrando que as células cultivadas por ela eram de fato pluripotentes, ou seja, matinham-se capazes de se dividir indefinidamente e originar células de diferentes tecidos do corpo - como pele, músculos e neurônios. Lygia e a bióloga Ana Maria Fraga obtiveram essas células-tronco a partir de um embrião que estava congelado havia mais de três anos, como exige a legislação brasileira, e foi doado por uma clínica de fertilização in vitro com autorização dos pais. Para chegar a essa linhagem batizada de BR-1, no entanto, foi preciso descongelar cerca de 250 embriões, dos quais apenas 35 se desenvolveram até o quinto dia, estágio em que as células são extraídas. Neurônio obtido a partir de célula-tronco embrionária. Créditos: Ana Maria Fraga.
O trabalho de Lygia e Rehen correu risco de ser paralisado até maio passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente a ação que contestava o uso de células-tronco embrionárias em pesquisa. Nota do Manging Editor: esta matéria foi primeiramente veiculada na Edição Online, da revista Pesquisa FAPESP, de 01 de outubro de 2008. |
© 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br
sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco