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Mais uma aplicação da espectroscopia Raman : rastrear nanotubos in vivo.

Os nanotubos de carbono são objeto de muitas pesquisas, no que diz respeito à entrega de agentes terapêuticos para o tratamento de cânceres, ou agentes de contraste para o imagiamento médico. Já não é novidade o transporte de agentes específicos pelos nanotubos, não obstante, um dos problemas que se coloca aos especialistas, e que nunca foi completamente resolvido, é o do alvo preciso dos sítios tumorais.

Graças ao desenvolvimento de um microscópio otimizado, capaz de seguir os nanotubos injetados in vivo, os pesquisadores têm, doravante, um instrumento não invasivo e mais econômico que os scanners atuais para ver precisamente em que local se fixam os agentes que eles transportam.

A equipe de pesquisadores do Center for Cancer Nanotechnology Focused on Therapy Response, da Universidade de Stanford, dirigida pelo Dr. Sanjiv Gambhir, descreve a utilização desse microscópio Raman otimizado para seguir os traços de dois tipos de nanotubos de carbono injetados em um rato vivo. O primeiro grupo injetado, o grupo de controle, é composto de nanotubos de carbono de parede simples. O segundo, o grupo de estudo, é composto de nanotubos idênticos, recobertos com um ligante específico, o peptídeo de seqüência RGD, utilizado para distinguir sítios de angiogênese tumoral.

Um outro método atualmente utilizado para "seguir" nanotubos injetados tem sido a tomografia de emissão de pósitrons, mas estes devem ser radioativos: essa técnica necessita, portanto, a utilização de radioisótopos e de um scanner, daí seu alto preço. A equipe de pesquisadores de Stanford pensou em utilizar um microscópio Raman, considerando que os nanotubos têm bandas de emissão Raman bastante específicas, sendo, portanto, facilmente reconhecíveis.





Espectroscopia Raman permite "seguir" nanotubos de carbono injetados em sistemas vivos.

Créditos: Nano Letters/ACS.



Utilizando esse tipo de microscópio, os pesquisadores chegaram, efetivamente, a seguir os dois tipos de nanotubos in vivo. Os resultados obtidos por eles permitiram evidenciar, de modo claro, as concentrações dos dois tipos de nanotubos no sangue e nos sítios tumorais: a concentração dos nanotubos sobre o tumor cai 20 minutos após a injeção, enquanto a concentração dos nanotubos usando os peptídeos permanece elevada 72 horas após a injeção. Tais resultados estão de acordo com aqueles obtidos com a tomografia por emissão de pósitrons, o que confirma a validade da técnica.

NCI Alliance (http://nano.cancer.gov/), consultado em 05 de novembro, 2008 (Tradução - MIA).


Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta nota, intitulado "Noninvasive Raman Spectroscopy in Living Mice for Evaluation of Tumor Targeting with Carbon Nanotubes", de autoria de C. Zavaleta, A. de la Zerda, Z. Liu, S. Keren, Z. Cheng, M. Schipper, X. Chen, H. Dai e S. S. Gambhir, foi publicado, on line, na revista Nano Letters, volume 8, número 9, págs. 2800-2805, 2008. (DOI: 10.1021/nl801362a).


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