Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Nova proteína fluorescente permite grande avanço na otimização das técnicas microscópicas.

Em pleno progresso, a nanoscopia reagrupa o conjunto de técnicas de microscopia que permite obter uma resolução espacial da ordem de algumas dezenas de nanômetros, resolução bastante superior àquela da microscopia óptica tradicional.

Uma dessas técnicas é baseada na utilização de novas proteínas fluorescentes, derivadas da proteína natural GFP (do inglês, Green Fluorescent Protein), cuja florescência pode ser modulada de modo controlado. A fim de otimizar esse princípio, atualmente muitas equipes procuram desenvolver novas proteínas desse tipo, das quais algumas possuem a propriedade de ser fotocomutáveis, isto é: podem ser "acesas" ou "apagadas" de acordo com as necessidades. Outras, capazes de fotoconversão, têm a capacidade de mudar de cor, de modo controlado, quando excitadas pela luz de um laser.





No centro, estrutura da proteína Iris-FP, obtida por cristalografia de raios X. Ao redor, todas as formas acesas/apagadas; vermelhas/verdes, da proteína.

Crédito: V. Adam.



É nesse contexto que pesquisadores do Instituto de Biologia Estructural Jean-Pierre Ebel (CEA/CNRS/Universidade Joseph Fourier, Grenoble, França) e do ESRF (European Synchrotron Radiation Facility), em colaboração com equipes alemãs e inglesas, acabam de desenvolver uma nova proteína fluorescente, batizada Iris-FP. Esta apresenta a particularidade de possuir as duas propriedades citadas. É, de fato, fotocomutável e capaz de fotoconversão. Esse marcador, bastante flexível, é, portanto, uma ferramenta que vai permitir melhorar ainda mais as técnicas de microscopia. De fato, fundida por engenharia genética com uma proteína dada, a Iris-FP deverá permitir efetuar um acompanhamento dinâmico, bastante preciso, dos movimentos dessa proteína na célula, no espaço e no decorrer do tempo.

Do ponto de vista mais abrangente, o desenvolvimento dessa nova sonda fluorescente abre novas perspectivas na área da nanotecnologia. Aplicações inovadoras podem ser perspectivadas como, por exemplo, a concepção de memórias de armazenagem de dados baseadas na mudança de cor de cristais dessas proteínas. Daí, a possibilidade de estocar um número considerável de informações nas estruturas de tamanho nanométrico.

IBS (www.ibs.fr/content/ibs_eng/home/) (Tradução/Texto - MIA).


Nota do Scientific Editor: o trabalho que deu origem a esta notícia de título: "Structural characterization of IrisFP, an optical highlighter undergoing multiple photo-induced transformations", de autoria de V. A.dam, M. Lelimousin, S. Boehme, G. Desfonds, K. Nienhaus, M. J. Field, J. Wiedenmann, S. McSweeney, G. U. Nienhaus and D. Bourgeois, foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences Online (14 novembro), 2008.


Assuntos Conexos:

O. Shimomura, M. Chalfie e R. Y. Tsien, laureados com o Nobel de Química 2008.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco